Esta afirmação foi feita hoje, quinta-feira, 11 de Maio, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, que falava aos jornalistas em Conferência de Imprensa sobre as medidas adotadas pelo Conselho de Ministros visando solucionar os problemas da TACV. O Governante adiantou que o Governo decidiu não utilizar fundos públicos para continuar a subsidiar a empresa “deficitária, sem perspetivas de sustentabilidade”, na situação em que se encontra a TACV.
Conforme avançou, o Governo decidiu reestruturar a TACV, no sentido de melhorar o seu valor de mercado, tendo em conta o processo de privatização, que poderá ser total ou parcial, de modo a assegurar que até a conclusão do processo de privatização, as perdas contínuas e a dívida acumulada de mais de 90 milhões de euros deixam de ser uma ameaça a estabilidade financeira do país.
Diante desta preocupação em reduzir drasticamente e, em última instância, eliminar as perdas financeiras da TACV e as necessidades de financiamento de 18 a 30 milhões de euros, lembrou que a companhia perdeu 22 milhões em 2014, 35 milhões em 2015 e aproximadamente 17 milhões de euros em 2016.
“Estamos a trabalhar com o Banco Mundial neste processo de preparar a Empresa para a privatização e é algo que vai acontecer o mais rapidamente possível. Não posso dizer o timing. Estamos a trabalhar. O dossier é muito complexo, mas há uma decisão definitiva do Governo em relação a esta questão”, explica Luís Filipe Tavares.
O porta-voz do Governo adiantou que o Conselho de Ministros mandatou o Ministro das Finanças e o Ministro da Economia e Emprego para fazerem aprovar, em Assembleia Geral, o Plano de Reestruturação da TACV para a implementação imediata pelo Conselho de Administração, de acordo com as instruções do Governo, de modo a criar condições para reduzir drasticamente as atuais perdas e preparar a empresa para a privatização.
“Estamos a negociar com vários parceiros, mas nesta matéria, temos que trabalhar com descrição e responsabilidade, fazendo as coisas de forma muito organizada, que é o que estamos a fazer. O Primeiro-ministro foi muito claro nesta matéria: estamos à beira de uma solução definitiva para os TACV”, diz Luís Filipe Tavares, avançando que a privatização vai ser feita assim que “concluirmos todo o processo, que pode ser ainda este ano. Queremos resolver isto o mais rápido possível.”
