A IV Cimeira Cabo Verde-Canárias copresidida pelo Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva e o Presidente do Governo de Canárias, Fernando Clavijo, terminou hoje, com vários compromissos assumidos entre os dois governos.
Através de um memorando de entendimento, Cabo Verde e Canárias comprometem-se em estabelecer uma Aliança Estratégica, estribada no diálogo político para o desenvolvimento de projetos de interesse comum alicerçados nas semelhanças e potencialidades dos dois arquipélagos.
Para reforçar este diálogo político, ficou concertado que os dois governos passam doravante a reunirem-se em Cimeiras anuais.
“Essas reuniões serão realizadas, alternadamente, em Cabo Verde e nas Ilhas Canárias e com uma periodicidade anual”, explica o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, avançando que a próxima reunião bilateral realizar-se-á nas Canárias em novembro de 2017, onde se aproveitará para realizar um seminário estratégico sobre Cabo Verde.
Também, diz o Chefe do Governo de Cabo Verde, ficou institucionalizada a celebração anual do dia de Cabo Verde nas Canárias e o dia das Canárias em Cabo Verde, em colaboração com a Casa África.
Em termos de cooperação, a Cimeira reforça áreas de intervenção entre os dois governos. Destacando a cooperação na área da saúde, o Primeiro-Ministro realça a prioridade em desenvolver parcerias no domínio de conhecimento e da medicina, por forma a dar resposta a doenças tropicais.
Os dois Governos comprometeram-se ainda a fomentar as ações de colaboração nas áreas da Educação, Formação e Investigação, manifestando interesse em continuar a favorecer o acesso de estudantes cabo-verdianos às Universidades e Escolas canarinas e continuar a trabalhar para que as provas de acesso se possam realizar em Cabo Verde. Ficou acertada também a retoma das bolsas de pós-graduação nas Universidades, Escolas de Negócio e Hotelaria das Canárias.
Já a Macaronésia surge como um projeto do futuro, explica o primeiro-ministro de Cabo Verde, esclarecendo que juntos, Cabo Verde, Canárias, Açores e Madeira, vão determinar um estatuto jurídico da Associação, com possibilidades de intervenção em diversos mercados como o CEDEAO, a AGOA, através do Estados Unidos de América, e por meio, também, da ligação de pertença das Canárias à União Europeia.
Tudo isso, reitera, mostra várias perspetivas de desenvolvimento futuro, indicando que a Cimeira Cabo Verde-Canárias representa um marco importante no desenvolvimento entre os dois arquipélagos.
