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Governo reafirma o seu compromisso em orientar a sua economia para a prestação de serviços para o mercado externo

O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, no discurso de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, reafirmou o compromisso do Governo em encetar esforços para orientar a sua economia para a prestação de serviços para o mercado externo, pois Cabo Verde é “um pequeno país que sabe que para compensar os constrangimentos da pequenez do mercado interno, tem que ser confiável, eficiente, dotado de capital humano de excelência e orientado para o mercado externo”.

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A pertença à CPLP, que representa 650 milhões de potenciais clientes, e à CEDEAO, que configura 300 milhões de clientes, potencia o mercado externo cabo-verdiano, através da sua valorização geoestratégica, pois tal como reafirmou o primeiro-ministro, “situamo-nos na rota do cruzamento da África, da Europa e das Américas”, sendo objetivo estratégico do Governo, para os próximos anos, “valorizar a nossa localização de proximidade aos três continentes do ponto de vista económico e de segurança cooperativa, baseada numa cultura de paz, de tolerância e de cosmopolitismo”.

O turismo e a economia do mar foram apresentados como focos de crescimento económico, sendo “dois sectores que amplificam para o exterior o nosso pequeno mercado interno e provocam um efeito de alavancagem sobre os outros sectores da economia”, assegurou Ulisses Correia e Silva, realçando ainda diversas potencialidades que o país tem para oferecer, em termos de serviços especializados em áreas como o “aeronegócio, da logística de pescas, das energias renováveis e das tecnologias de informação e comunicação”.

Ulisses Correia e Silva traçou ainda várias metas que pretende alcançar como “nos próximos 10 anos, estar no top 50 em termos de Higher Education and Training Index; no top 50 do Doing Business; no TOP 15 em matéria de competitividade fiscal no mundo; no top 30 dos países mais competitivos do mundo em matéria de turismo”, estando o governo empenhado em alcançar “um Estado eficiente, com uma administração pública desenvolvimentista e um país com um excelente nível de segurança urbana, documental e jurídica”.

Enaltecendo o Fórum onde discursava, apresentando-o como “uma plataforma ideal para a concretização dos nossos propósitos”, a nível das parcerias com empresas e investidores, Ulisses Correia e Silva endereçou especiais agradecimentos aos investidores em Cabo Verde, “investidores que acreditam como nós no desenvolvimento do país”, fazendo uma referência especial ao macaense David Chow, o empresário e investidor por trás do maior projeto turístico em curso no país, o complexo Gamboa Djeu Resort, na cidade da Praia, reafirmando que Cabo Verde “continuará a ser um dinâmico Membro deste Fórum, procurando contribuir para o seu enriquecimento, consolidação e sucesso”.