O ponto alto da visita do primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva a Portugal, aconteceu esta sexta-feira, 17, com a realização dos vários encontros bilaterais com o poder Central, tendo como objectivo rever a política externa com Portugal.
Uma visita a Assembleia da República Portuguesa, ao encontro do presidente Eduardo Ferro Rodrigues, marcava as primeiras horas do dia. O Momento foi de troca de impressões com a delegação cabo-verdiana, composta pelo primeiro-ministro, acompanhado pelos Ministros dos Negócios Estrageiros, da Administração Interna e da Cultura e Indústrias Criativas, a Embaixadora de Cabo Verde em Portugal, Madalena Neves e a Embaixadora de Portugal residente no Arquipélago, Helena Paiva.
Mais tarde, José Ulisses Correia e Silva juntou-se ao seu homólogo Português, António Costa, numa reunião de trabalho, em que a cooperação bilateral esteve sobre mesa. Alguns aspectos das parcerias que se quer com Portugal, também, foram abordados com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita de cortesia, ao Palácio de Belém.
Não menos importante foi o encontro que o Primeiro-ministro manteve com o presidente da Câmara de Lisboa, acompanhado pelo Ministro da Cultura e das Industrias Criativas, cujos assuntos incidiram-se no sector da Cultura. “A Casa de Cabo Verde”, um espaço que se pretende como uma Casa de Cultura, na divulgação e promoção da cultura cabo-verdiana em Lisboa, esteve no centro das atenções. O edifício foi cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2010 e, situado numa área privilegiada de Restelo, deve se transformar, em breve, numa representação identitária de Cabo Verde. Uma reivindicação antiga das comunidades cabo-verdianas em Portugal.
E porque as comunidades e toda a diáspora Cabo-verdiana, representam prioridades para o Chefe do Governo, o dia terminou com uma recepção, na residência da Embaixadora de Cabo Verde, Madalena Neves, a dezenas de representantes de Associações de Cabo-Verdianos em Portugal. Num ambiente descontraído, o primeiro-ministro usou da palavra, para reafirmar o seu compromisso na valorização da diáspora cabo-verdiana. Mais que facilitar a integração dos emigrantes cabo-verdianos, no país, José Ulisses Correia e Silva quer reaver, através de políticas consistentes, os “bons cérebros” cabo-verdianos espalhos pelo mundo.
