O Primeiro-Ministro, José Ulisses Correia e Silva, presidiu nesta manhã de sábado, 14 de Maio, a cerimónia de abertura do III Diálogo estratégico promovido pelo Instituto Pedro Pires para a Liderança, tendo destacado a importância do crescimento económico para o desenvolvimento de Cabo Verde, sublinhando, ainda, que “é propósito do Governo garantir que nenhuma criança, nenhum jovem fique fora do sistema de ensino por falta de condições de rendimento dos pais”. Trava-se assim, diz, um forte combate ao abandono escolar que se situa nos 40%, atingindo maioritariamente crianças e jovens do sexo masculino.
Durante a abertura do evento, intitulado “que capital humano, para que desenvolvimento?”, o Chefe do Executivo afirmou que, quando um país tem muita gente com boa educação e formação, com princípios que valorizam o trabalho, o esforço, o mérito, a honestidade, esse país estará em vantagem para ser desenvolvido.
É nesse sentido, salienta José Ulisses Correia e Silva, que o país deverá caminhar através das instituições perenes, de um modelo económico inclusivo e de uma forte aposta na qualificação do capital humano.
“Crescimento económico que inclua pela educação, pela formação, pelo emprego, pelo rendimento, pela produção e pela proteção social e que tenha como objetivo a promoção da autonomia e da autossuficiência das famílias”.
Um crescimento económico, acrescenta ainda, que inclua todas as ilhas na cadeia de produção de riqueza e de oportunidades, nomeadamente no que se refere à qualidade da educação “o que nos lança um forte desafio para o ensino à distância”.
Para o Chefe do Governo, “a inclusão pela educação é a via para quebrar o ciclo genético da pobreza e para criar igualdade de oportunidades para um futuro melhor a nível individual e coletivo”.
Ulisses Correia e Silva demostrou de forma particular a sua preocupação com a melhoria das condições de vida da população, traduzida em valores mais elevados de rendimento familiar como sejam no acesso de todos os cidadãos às condições para satisfazer as necessidades básicas nos domínios da alimentação, da saúde, da justiça, da educação, da habitação, da água e do saneamento, do emprego, da informação e comunicação, dos transportes, da energia, da cultura e do lazer, mas também na expressiva redução da taxa de pobreza, num meio-ambiente caraterizado pela harmonia, pelo equilíbrio e pela sustentabilidade, num benefício, justo e equilibrado, de todas as ilhas quanto aos resultados do crescimento económico, num forte compromisso com as gerações futuras e numa sociedade solidária, inclusiva, coesa, de paz e de segurança, otimista e feliz.
De acordo com o Primeiro-Ministro, este é o tipo de desenvolvimento que o Governo pretende para o país e “para o qual lutamos”, e sublinha que o desenvolvimento só pode e deve ser focada na melhoria das condições de vida das pessoas, na sua felicidade, na sua prosperidade e num futuro com sustentabilidade económica e ambiental.