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É preciso uma mudança de abordagem para colocar Cabo Verde na rota do crescimento económico – Olavo Correia

O Governo reuniu-se hoje, 10 de Maio, com uma missão do Banco Mundial, que se encontra em Cabo Verde para, juntos, analisarem a melhor forma de reforço de cooperação. Segundo o Ministro das Finanças, Olavo Correia, é preciso uma mudança de abordagem para que se possa colocar Cabo Verde na rota do crescimento económico.

Esta informação foi avançada por Olavo Correia, no final do encontro realizado, nesta terça-feira, entre a missão Banco Mundial e o Governo de Cabo Verde, acrescentando ainda que o Governo conta com a parceria desta instituição financeira internacional, para que o país possa ter uma economia mais competitiva, um ambiente de negócios de excelência, uma máquina pública pro-business e instrumentos que possam ser facilitadores e propiciadores de um ambiente de negócios inovador, criativo, de produção e de exportação.

Olavo Correia diz que, devido ao endividamento público elevado, Cabo Verde tem agora uma margem menor de investimento, daí que é preciso ser mais seletivo. Para o Governante, o país precisa de um ambiente económico, social e político que possa permitir que as empresas empreendem, produzam e exportam nos mais diversos domínios e serviços. Avançou, ainda, que as prioridades para já, são a promoção do setor privado, a criação de um sistema educativo de excelência, bem como um sistema de transportes eficiente, efetivo, regular e seguro, a criação de condições a nível infraestruturais e ao nível da captação dos recursos humanos para que a economia das ilhas possam funcionar. E é neste quadro que o país conta com a parceria do Banco Mundial.

“Queremos continuar essa parceria com o Banco Mundial mas, com sentido de, em primeiro lugar, edificarmos um sistema de educação e de formação profissional que seja formatador da qualidade. Temos que ser os melhores a nível do mundo. Precisamos criar as condições para que o setor privado possa empreender. Temos problemas graves a nível do financiamento, do sistema de garantias, ao nível de formação dos recursos humanos e ao nível dos transportes para que, ainda, possamos ter o mercado unificado. Temos problemas graves com os TACV mas, também, com os transportes marítimos”.

Por isso, sublinha Olavo Correia, “o apoio dos nossos parceiros é muito importante para que Cabo Verde possa eliminar todas essas barreiras que existem tanto no plano fiscal, como no plano dos transportes, da formação de recursos humanos e jurídico e possibilitar às empresas maior empreendimento e permitir o crescimento do país de forma inclusiva”.

A representante do Banco Mundial, Louise J. Cord, afirmou que a instituição que representa está disponível em continuar a cooperar com o arquipélago e apoiar nas áreas realacionadas com a estabilidade macroeconómica.

Louise J. Cord avançou, ainda, que o Banco Mundial e o Governo de Cabo Verde estão a analisar os instrumentos financeiros que visem a gestão de risco no país e que esta cooperação está a ser preparada no sentido de impulsionar o crescimento económico do arquipélago.

O Banco Mundial é um parceiro histórico de Cabo Verde e, no âmbito da cooperação existente, estão em curso vários projetos ligados ao setor da energia, do turismo, das pescas entre outros.