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PM recebe Diretor Geral Adjunto da Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT)

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, recebeu agora no início da tarde o Diretor Geral Adjunto da Organização da Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT), Chapinga Chuma com quem debateu algumas questões ligadas ao mundo laboral, em particular no nosso país, tendo o Chefe do Executivo aproveitado para sublinhar os vários ganhos no que tange à defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.

PM recebe Diretor Geral Adjunto da OIT1Outro tema relaciona-se com a questão do emprego entre a população jovem africana, tema do encontro promovido pela Federação das Associações dos Empresários da África Ocidental que decorre na capital e que é a razão que traz Chuma à cidade da Praia.

Sobre este último tema, o Diretor Geral Adjunto da OIT sublinhou ser um desafio global e, em particular do continente africano que é “um continente muito jovem, o que por si só cria muitas dificuldades”. Isso, reflecte Chuma, “porque as economias na última década não foi capaz de gerar postos de trabalho suficientes para o grande número de jovens que todos os anos engrossam as fileiras da população à procura de trabalho”.

Entretanto, este será também “um recurso tremendo” para o continente, sendo que a maioria dos países desenvolvidos enfrenta o problema do envelhecimento e consequente redução da mão-de-obra”.

Daí que, acrescenta, o grande desafio, defende Chuma é como fazer para que estes mercados possam absorver esta “jovem e produtiva população”, conseguindo em “emprego produtivo” para que possam contribuir para o desenvolvimento desses e de seus próprios países”.

À questão “como fazer isso é o próprio Chapinga Chuma a responder que terá de ser pela via da criação de emprego, empresas e da criação de ambiente para que sejam os próprios jovens a criar auto-emprego e postos de trabalho e negócios e ao certificar que esses jovens sejam ativos e tenham acesso aos recursos”.

Todas essas condições, sublinha, “terão de ser consideradas politicamente”. Uma forma é através de uma política de promoção da formação nos vários níveis para que esses jovens tenham o conhecimento e capacidades necessários pelas indústrias”. Por fim, acrescenta, não há uma única receita simples, pelo contrário “serão vários os caminhos e soluções” num esforço coordenado “para que os jovens tenham essas habilidades necessárias às indústrias e para que para as industrias possam crescer e gerar postos de trabalho e para que os jovens possam identificar e aproveitar as oportunidades para criar empresas e serviços próprios”.

A acompanhar o Diretor Geral Adjunto da OIT na audiência com o Primeiro-Ministro esteve também a representante das Nações Unidas, Ulrika Richarson que lembrou ainda outros temas debatidos com José Maria Neves, nomeadamente a segurança social, a educação e o seu papel na criação de empregos. Visões gerais que correspondem certamente ao que o Governo vem realizando nessas matérias, nomeadamente as reformas da administração pública e para a melhoria do ambiente de negócios, a aposta na formação profissional e no reforço do ensino superior, o aumento da cobertura da segurança social, a clarificação e implementação do salário mínimo e o subsídio de desemprego, apenas para mencionar algumas medidas implementadas nesta e nas legislaturas anteriores dos sucessivos governos liderados por José Maria Neves.