O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, foi alvo de uma bela homenagem da Associação dos Estudantes Santomenses em Cabo Verde esta noite, que quis demonstrar a sua gratidão e admiração pelo Primeiro-Ministro e pela sua política inclusiva da Diáspora na construção deste Cabo Verde global.
Graças ao apoio do Executivo, dezenas de jovens santomenses descendentes e não descendentes de cabo-verdianos têm podido estudar em escolas de formação profissional e de ensino superior cabo-verdianas e também em São Tomé.
Uma oportunidade que lhes têm permitido mudar para melhor as suas vidas e as vidas das comunidades onde vivem como realçou o Presidente da Associação dos Estudantes Santomenses em Cabo Verde, Carlos Lopes. A Associação, diz Lopes, tem procurado estar cada vez mais envolvida no dia-a-dia das suas comunidades e já desenvolveram vários projectos de apoio sócio-económico, inclusive uma incubadora de empresas para apoiar os jovens que queiram abrir os seus negócios.
O jovem não esconde a sua admiração pelo trabalho e visão da nação global que José Maria Neves e o seu Governo têm realizado em prol de um Cabo Verde cada vez melhor e de uma Diáspora cada vez mais próxima.
Daí que este gesto singelo e prenhe de significado é para agradecer a oportunidade e a sensibilidade do Governo liderado por José Maria Neves. Por outro lado, estes estudantes prometem continuar a trabalhar para continuar a dar o seu contributo para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe e de Cabo Verde.
Estes “pequenos gestos”, diz o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, “acabam por emocionar e acabam por compensar tudo o que nós fazemos”. E acrescenta que “depois destes 15 anos e depois de ter promovido políticas públicas muito inclusivas para as nossas comunidades, poder receber este diploma destes jovens cabo-verdianos e santomenses que estudaram em Cabo Verde é muito gratificante para mim”.
Neves recorda que desde quando visitou pela primeira vez São Tomé e Príncipe, “a grande questão” destes jovens homens e mulheres santomenses, sobretudo os que fazem parte da vasta Comunidade de cabo-verdianos e descendentes, tinha a ver com a oportunidade e o apoio para que pudessem continuar os estudos.
“E neste momento dezenas de jovens, uns já têm diploma, outros já estão a estudar nas escolas de formação profissional ou nas universidades (cabo-verdianas). Isso que compensa, gratifica quem quer que esteja a governar um país”, conclui visivelmente emocionado, o Primeiro-Ministro.
No que concerne à palestra em si, José Maria Neves traçou o percurso de Cabo Verde em termos políticos, do partido único à abertura democrática sublinhando, entre outros aspectos, que o sucesso de Cabo Verde em termos de democracia tem a ver com o respeito pela Constituição da República, pelo respeito pelas regras do jogo democrático, pela capacidade reivindicativa dos cabo-verdianos.
Também a noção de que a democracia se faz com o partido que governa mas também com o partido que está na oposição porque “uns são eleitos para governar e outros são eleitos para exercerem a fiscalização do poder e Governo e oposição são ambos importantes.
Neves, que viaja amanhã de manhã para uma visita de pouco mais de 24H00 a Príncipe, diz-se satisfeito com vários projectos que visitou e que poderão ser a base para uma forte cooperação com Cabo Verde nesses domínios.
É o caso da experiencia que está a ser feita no Centro de Investigação agronómica e tecnológica em Lobata “que é muito interessante e podemos aprender muito com o que se está a fazer e fazermos uma cooperação muito mais ativa”. A mobilização de fundos, para um conjunto de projectos como o complexo de adução e tratamento de água do rio de Ouro Pequeno é também outro aspecto em que os dois países podem beneficiar-se com a troca de experiencias.
