A inauguração da nova sede da Academia Cabo-verdiana de Letras, cedida pelo Governo de Cabo Verde ficará marcada, não só, pela importância do edifício para a institucionalização e melhor desempenho da Academia, mas também, e pelas belas homenagens rendidas a alguns dos imortais da literatura nacional, sendo esses os saudosos Corsino Fortes, o primeiro presidente da Academia, Arnaldo França, Pedro Duarte e o recém-falecido Jorge Alfama. Homenagem também aos poetas vivos, sendo que foi hoje imposta a faixa a Filinto Elísio enquanto membro fundador da Academia.
Este terá sido um momento singelo de homenagens às já referidas figuras lendárias da literatura das Ilhas, destacando-se a homenagem a Corsino Fortes, que, recorda-se foi o presidente fundador da Academia e que terá o seu nome, a partir de agora imortalizado na porta da Sala Nobre Corsino Fortes na nova sede da ACL. A Presidente da ACL, Vera Duarte, terá mesmo solicitado um minuto de silêncio dos presentes em homenagem ao poeta.
A inauguração da nova sede, não à toa, acontece nesta altura, a dois dias da data de nascimento do saudoso poeta (14 de Fevereiro de 1933) e está inserida numa série de actividades conjuntas entre a ACL e a faculdade de letras da Uni-CV entre recitais de poemas de Fortes e outras acções.
Afinal, a Academia mais não é do que o “clube dos imortais” e que tem essa nobre e importante missão de fazer perdurar e dar a conhecer as obras daqueles que se destacam entre os criadores da literatura das Ilhas, como sublinhou o Primeiro-Ministro, José Maria Neves.
Neves apela a que a ACL “faça um esforço” para ajudar a descobrir possíveis obras e escritos inéditos destes “imortais”, ajudando a enriquecer o nosso conhecimento sobre eles e cita o exemplo da obra que vai a lançar hoje, na cidade da Praia, «Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: A Outra Face do Homem», também com o selo da Rosa de Porcelana, e que vêm acrescentar ainda maior dimensão a mais este “Homem Maísculo” das Ilhas, a parafrasear Corsino Fortes.