O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, realçou esta quinta-feira, em Braga, na abertura do IIº Fórum da União dos Exportadores da CPLP, a importância de Cabo Verde estar presente nos certames internacionais desta natureza, tendo sublinhado a Comunidade dos Países de Lingua oficial Portuguesa como “um importante espaço de internacionalização das empresas cabo-verdianas”
Desde logo, diz José Maria Neves, este encontro é uma oportunidade de “projecção da imagem deste Cabo Verde em processo de transformação no quadro da CPLP” e que vai de encontro à visão deste Executivo de transformação das suas vantagens comparativas em fontes de vantagens competitivas, o que dependerá da sua inserção, “de forma ativa”, competitiva do nosso país na economia global.
Vantagem essa que tem a ver, por exemplo com a nossa localização geo-estratégica no atlântico sul e ainda por cima membro do apetecível mercado da CEDEAO. Cabo Verde, reflecte Neves, poderá constituir esta janela de oportunidade, uma plataforma de penetração das empresas do mundo lusófono neste gigantesco mercado da África Ocidental.
Sem contar que para os empresários das Ilhas, “esse espaço da CPLP representa “um importante espaço de internacionalização das empresas cabo-verdianas e de busca de contactos para aumentarem as exportações e conquistarem novos mercados”.
E se só isso não justifica a participação do país ao mais alto nível com a participação do Chefe do Governo a oportunidade de Cabo Verde deve estar presente nesses espaços e poder apresentar a sua visão de futuro.
Mais uma vez José Maria Neves sublinha a importância do sector empresarial para a própria evolução futura e maior integração da CPLP, desafiando este fórum a apresentar propostas aos governos no sentido desta maior aproximação e maior circulação de pessoas e bens (Veja a reportagem: «Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades é paradigma para empresariado lusófono»)
O setor empresarial, repete Neves, “são os motores e a alavanca essencial para o desenvolvimento de qualquer país no seu esforço de internacionalização”, reflecte o Chefe do Governo cabo-verdiano.
Os empresários, considera, andam “mais depressa” e a pressão que exercem para uma maior abertura e interligação entre os nossos mercados poderá ser benéfica no sentido de alcançar este objectivo de uma CPLP totalmente integrada e com livre circulação de pessoas e bens. Nisso o Primeiro-Ministro apela à supressão de vistos aos empresários para facilitar as trocas comerciais.
Para os empresários e Governos da Comunidade, o Primeiro-Ministro sublinha o enorme potencial estratégico da CPLP, tendo, não só Cabo Verde na CEDEAO, mas também a Guiné-Bissau neste mesmo espaço, Angola e Moçambique na África Austral, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial na África Central, para além de Portugal na União Europeia, o Brasil no Mercosul e na América Latina e também Macau que representa um espaço lusófono no importante mercado chinês e asiático.
“Muitas vezes não temos a noção da importância estratégica da CPLP porque estamos em todas as regiões económicas muito dinâmicas, salienta.
Nesta sexta-feira, José Maria Neves estará em Lisboa, antes do regresso à cidade da Praia, por algumas horas, tempo suficiente para presidir a abertura do VI Encontro dos Jovens Investigadores Cabo-verdianos, na Universidade Lusófona (leia a reportagem: PM preside abertura do VI encontro dos jovens investigadores cabo-verdianos, em Lisboa.