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PM: augura forte contribuição de empresários para CPLP com livre trânsito de pessoas e bens”

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, manifestou esta quarta-feira, durante uma visita ao Presidente da Câmara de Braga, Portugal, as altas expectativas quanto ao IIº Fórum da União dos Exportadores da CCPLP (EU-CPLP) a decorrer naquela cidade, no sentido dos empresários poderem pensar e apresentar propostas aos governos da Comunidade que possam ajudar a aproximar ainda mais os países em termos de relações e trocas comerciais. Neves afirma mesmo que “não faz sentido uma Comunidade sem livre-trânsito de pessoas e bens”.

Neste que foi o primeiro ponto da sua agenda de visita a esta região do Minho, José Maria Neves foi recebido nos Paços do Concelho de Braga pelo Edil Ricardo Rios, tendo sido uma oportunidade esta de maior aproximação e de manifestação de vontade de ambos no reforço das relações políticas e económico-empresariais entre Braga e os municípios cabo-verdianos e com Cabo Verde no geral.

Em antecipação ao IIº Fórum da União dos Exportadores da CPLP, do qual a cerimónia de abertura contará com a ilustre presença do Chefe do Governo cabo-verdiano, os jornalistas quiseram saber a posição de Cabo Verde em relação ao reforço das trocas comerciais, tendo em conta as diferenças em termos de regras e leis e que muitas vezes podem ser uma entrave ao projecto de uma Comunidade com livre-trânsito de pessoas e de bens.

Para José Maria Neves a CPLP “só faz sentido termos uma Comunidade se conseguirmos facilitar a circulação de pessoas e a circulação de bens para que hajam mais trocas, mais oportunidades de investimentos e gerar mais empregos e mais dinâmicas de crescimento para todos os nossos países e eu penso que é nessa linha que nós devemos continuar a trabalhar a nível da CPLP”

Assim Neves não esconde as suas elevadas expectativas quanto a este Fórum, augurando “que os empresários possam apresentar propostas para que os governos analisem e possam encontrar os melhores mecanismos para facilitar as trocas comerciais”.

Há já um trabalho feito neste sentido no seio da Comunidade, analisa Neves, mas que é possível criar fundos de investimentos para o apoio às iniciativas empresariais no seio da Comunidade, para além da criação de plataformas “que favoreçam as trocas comerciais entre os diferentes países.

Cabo Verde, no que lhe diz respeito, vai fazendo a sua parte com iniciativas como o “Estatuto do Cidadão Lusófono” que concede algumas facilidades para, no caso de Cabo Verde, os empresários lusófonos poderem fazer negócios nas Ilhas.

Também no que tange a incentivos outros como benefícios fiscais, considera o Chefe do Executivo, que o código de benefícios fiscais cabo-verdiano “é generoso neste sentido que facilita a realização de negócios entre os diferentes países da CPLP”.