O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, presidiu a cerimónia de inauguração do primeiro complexo do programa Casa para Todos localizado em Santa Maria, um complexo com 50 moradias das classes A e B e que é apenas um exemplo do forte investimento que o programa está a fazer no Sal, uma das ilhas mais desafiadas em termos de crescimento populacional e em matéria de habitação. Ao todo serão construídos pelo menos 841 moradias no âmbito do programa.
O objectivo deste que é considerado o maior programa social realizado no Cabo Verde independente é, segundo o próprio Primeiro-Ministro, dar um forte contributo para a redução significativa do déficit habitacional no país e na ilha do Sal em particular, sendo que está prevista a construção de mais de seis mil moradias em todo o país.
Neste momento, recorda Paulo Soares, o Presidente da Imobiliária Fundiária e Habitat (IFH), entidade gestora do programa Casa para Todos (CpT) já foram entregues mais de mil 300 habitações em vários pontos do país e estão vários outros complexos por entregar nos próximos tempos e várias outras em construção. Ultrapassados os constrangimentos ligados à situação política recente em Portugal e a nomeação de um novo Governo, e o desbloqueio das restantes verbas destinadas à execução do programa, Soares acredita que as obras que encontravam-se paradas deverão resumir em força para que se possa concluir esta primeira fase do CpT o mais rápido possível e mais pessoas possam ter as suas casas próprias.
Na sua intervenção, José Maria Neves endereçou os parabéns às 50 famílias que serão beneficiadas comas chaves das suas novas casas. Mais, Neves frisou o grande alcance do CpT que pretende, não só contribuir directamente para a redução do deficit habitacional, mas também na dinamização do sector imobiliário, incentivando outras iniciativas relacionadas à habitação social e que possam beneficiar no futuro mais famílias. A ideia, é que “cada cabo-verdiano tenha condições de habitar Cabo Verde condignamente”, sublinha.
Daí referir-se ao Fundo de Habitação e ao qual contribuirão, significativamente, as contribuições dos beneficiários para dar continuidade ao CpT e poder chegar ao máximo de famílias possíveis.
O CpT representa um enorme esforço financeiro, recorda Paulo Soares, de 200 milhões de euros (20 mil milhões de escudos cabo-verdianos), através de um empréstimo contraído junto à banca portuguesa com a avalização do Governo português. Só o investimento feito no SAl, mais de dois mil milhões de escudos equivale a cerca de 7% do Orçamento do Estado de 2014, no concernente às despesas, elucida Soares.
Quanto à ilha do Sal, nesta terça-feira, deverão acontecer a pré-seleção de mais três complexos em Palmeira, Chã de Matias e Bairro Novo nos Espargos, cerimónias presididas pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Démis Lobo Almeida, e que irão beneficiar um total de 294 famílias.
Ao todo serão edificados nesta primeira fase pelo menos 841 moradias no Sal, entre oito complexos habitacionais espalhados pelas várias localidades, representando um investimento de aproximadamente 2.018.307.986 de escudos.
