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PM manifesta solidariedade e confiança no futuro de deslocados de Chã das Caldeiras

No primeiro aniversário da última erupção do Vulcão do Fogo e que obrigou à deslocação de mais de mil pessoas da comunidade de Chã das Caldeiras, o Primeiro-Ministro dirige uma mensagem de “solidariedade” e de amizade a essas pessoas e a certeza de que as dificuldades serão ultrapassadas e que aqueles que ainda precisam poderão contar com novos assentamentos que, aliás, já vão sendo construídos, para além da promoção de actividades geradoras de rendimento.

Os desafios não são poucos, sendo que, conforme referira ainda antes numa entrevista exclusiva à agência Lusa, serão precisos perto de 34,7 milhões de dólares norte-americanos (USD) para completar todo o projecto de reconstrução da ilha do Fogo, inclusive um novo assentamento cujo local já foi identificado em Achada Furna, no município de Santa Catarina do Fogo, próximo ao vulcão, sendo que os danos ultrapassam as “fronteiras” do aldeamento que existia naquela cratera.

Daí que o Governo terá de continuar a contar com o forte apoio e solidariedade da comunidade internacional para conseguir mobilizar todo o montante necessário. Até o momento, diz José Maria Neves, o Executivo conseguiu arrecadar junto dos parceiros nacionais e internacionais e através do Tesouro cerca de cinco milhões de USD, aproximadamente 14% do montante global necessário.

Entretanto, alguns trabalhos vêm sendo feitos já, no sentido de uma melhor reinserção e realojamento dessas pessoas, com operações de reabilitação das 110 casas construídas em 1995 para o alojamento das famílias aquando da erupção naquele ano, para além de programas de apoio e promoção de actividades geradoras de rendimento e da reintegração das crianças, adolescentes e jovens daquela comunidade no sistema educativo.

Também a nova adega de Chã, segundo o Gabinete de Reconstrução do Fogo (GRF), está a ser equacionado e deverá estar funcional já em meados de Julho do próximo ano.

Em entrevista esta segunda-feira a vários órgãos de comunicação social, à margem do Congresso sobre a História de África (ver texto: PM: África precisa conhecer melhor a sua história para melhor projectar o futuro), o Primeiro-Ministro alertou para a necessidade de todos os intervenientes no processo de reconstrução da ilha do Fogo e na reinserção das gentes de Chã, em particular, assumirem as suas responsabilidades.

Isso respondendo às questões dos jornalistas sobre alegadas críticas do edil dos Mosteiros, Fernandinho Teixeira, ao GRF, o PM lembra que o que diz respeito à gestão de Chã das Caldeiras, sobretudo no que toca a construções e urbanização, é da responsabilidade das câmaras.  

Veja também a reportagem da Agência lusa sobre o tema: http://www.sapo.pt/noticias/governo-de-cabo-verde-quer-continuar-a-contar_56503801777a173c62c5c675.

E veja ainda a reportagem da Inforpress: http://www.inforpress.publ.cv/index.php/PT/sociedade/120085-erupcao-vulcanica-construcao-da-adega-e-melhoria-das-vias-de-acesso-sao-as-prioridades-do-grf-antonio-nascimento