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PM garante aos pilotos firme compromisso do Governo com estabilidade da TACV

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, reuniu-se com representantes da Associação dos Pilotos, num encontro que serviu para esses exporem as suas preocupações com a actual situação da TACV e ouvirem do Chefe do Executivo que “medidas serão tomadas” e que “tudo será feito” para que a companhia de bandeira nacional continue a voar e a servir os cabo-verdianos da melhor forma.

neves pilotos1De acordo com o Presidente da Associação dos Pilotos da TACV, Ricardo Abreu, o Primeiro-Ministro “mostrou-se preocupado com a situação e afirmou que nos próximos dias irá tomar medidas”, sendo que irá promover encontros também com outras classes de trabalhadores da TACV. O Chefe do Executivo reafirmou também o compromisso do Governo na busca das melhores soluções e medidas para a companhia nacional.

Segundo Abreu Neves, “promete tomar medidas e deu a sua palavra lá dentro que fará tudo para que a TACV continue a trabalhar e que tenha a capacidade de futuro para dar aos cabo-verdianos as melhores condições de viagem e vender o nosso produto da melhor forma”.

Questionado sob que medidas, em particular, os pilotos gostariam de ver implementadas, o representante dos pilotos apenas responde que “nós gostaríamos de continuar a voar, continuar a ter um emprego e uma empresa que sirva com qualidade os seus passageiros”, sendo que “caberá ao Governo e ao Conselho de Administração apresentar soluções”.

Embora esclareça que não cabe aos pilotos, até porque “não temos ferramentas para isso”, analisar as decisões administrativas da empresa, Abreu reflecte que o desafio da companhia passará pela “necessidade imediata de resolver a equação entre o passivo e os capitais próprios da empresa” para que possa continuar a operar porque “caso contrário nenhuma empresa sobrevive”, diz, referindo-se ao alegado grande passivo e “problemas” acumulados ao longo dos anos pela TACV.

Sobre alegadas críticas feitas pelo Primeiro-Ministro à TACV onde refere-se aos atrasos dos pilotos, Ricardo Abreu afirma que foi um dos temas tratados com José Maria Neves, tendo ficado esclarecido o assunto, “não há motivos para alongar mais sobre isso”.

Sobre a eventual privatização da empresa, o piloto reflecte que desde que venha a ser um accionista “que esteja disposto a investir e com boas políticas de transporte” isso poderá contribuir para a melhoria da situação financeira e operacional da TACV. Caso contrário, “se não chegar ninguém aqui, “esperemos que haja uma expansão da empresa” para que continue a voar como empresa pública. “Isso é responsabilidade do Governo”, conclui.      

De referir que por questões de agenda e compromissos profissionais, o encontro que deveria acontecer hoje entre o Primeiro-Ministro e o sindicato do pessoal de cabine da TACV foi adiada para uma data a indicar.