Perante os casos de erupção cutânea e prurido verificados nos últimos dias na cidade da Praia, o Ministério da Saúde convocou a imprensa terça-feira, 20 de Outubro 2015), para esclarecer a população em geral e principalmente os residentes na capital, sobre a real situação, as medidas que já foram tomadas no sentido da investigação e emitiu algumas recomendações a serem respeitadas pela população, par evitar complicações.
De acordo com o Delegado de Saúde da Praia, Domingos Teixeira, desde os finais do mês de Setembro começaram a surgir casos de uma afeção que se manifesta essencialmente com comichão e manchas no corpo, sobretudo nos braços, pescoço e nas costas, ocorrendo na maior parte das vezes sem febre ou com febre baixa e nalguns casos o doente refere dores de cabeça e dores nos olhos.
Entretanto, o Delegado adiantou que do total de 300 casos já registados pelos serviços de saúde, a doença tem tido uma evolução benigna, durando de 2 a 3 dias após o tratamento que está sendo feito com paracetamol e antialérgicos.
A equipa composta pelo Delegado de Saúde da Praia, Domingos Teixeira, a Directora Clínica do Hospital Agostinho Neto, Maria do Céu, a Directora do Serviço de Vigilância Integrada das Doenças e Respostas às Epidemias, Maria de Lurdes Monteiro e o Coordenador Nacional do Programa de Controlo das Doenças de Transmissão Vetorial e Ambiente, António Moreira, informaram que as autoridades sanitárias ainda não conhecem as causas da doença, mas que já foram recolhidos cerca de 60 amostras que serão enviadas ao Instituto Pasteur de Dakar para investigação.
Neste momento, as autoridades não descartam a hipótese de se tratar de uma virose, mas negam a possibilidade de se tratar da dengue, pois a todos os casos estão sendo feitos a despistagem. O Ministério da Saúde garantiu também que a situação está sendo seguida diariamente pela Delegacia de Saúde da Praia, através de recolha de dados nas estruturas de saúde e visitas domiciliárias.
Contudo, ainda perante imprensa, a equipa recomendou a população a evitarem a automedicação, e o uso de aspirina bem como a procurarem os serviços de saúde caso forem atingidos pela referida afeção.
Até agora, já foram registados cerca de 300 casos na cidade da Praia, incluindo alguns no município de São Domingos, em pessoas que tem ligação frequente com a capital.