O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, comentou hoje, sábado, 18 de Outubro, da barragem de Canto cagarra em Santo Antão, a situação da infiltração de água, tendo confirmado as primeiras conclusões da equipa técnica no terreno de que tal acto se deveu à porosidade do solo devido aos três anos de intensa seca naquela região, e que o Governo irá estudar as possíveis soluções com vista à impermeabilização do solo naquela barragem que, acredita, irá ter um enorme impacto no futuro, assim como a que visitou hoje no vale da Garça.
“São as primeiras chuvas na ilha de São Nicolau, depois de três anos de seca, há naturalmente a infiltração e temos de ver qual é a porosidade do solo, depois tomarmos as medidas, eventualmente para fazer alguma impermeabilização”, comentou o Primeiro-Ministro.
E acrescenta que está posta de parte a possibilidade de alguma falha na construção da barragem já que os estudos e avaliações mostraram que ela está “tecnicamente bem-feita”, daí que há que procurar solução para este problema, completou.
Tranquilo, José Maria Neves reforça a sua crença de que será ultrapassada esta situação e de que trata-se de “uma grande infra-estrutura” que terá certamente “grande impacto positivo no futuro da mobilização de água e no desenvolvimento da agricultura em São Nicolau”.
O mesmo impacto que a barragem de Canto Cagarra, de onde falava à RTC, durante uma visita de romaria à aquela infra-estrutura, isto num momento em que caia alguma chuva na ilha das montanhas, fazendo adivinhar bons presságios.
Esta infra-estrutura (com capacidade para pouco acumular mais de 300 m3 de água associada à grande barragem subterrânea (perto de 700 m3 de água) naquela região do vale da Garça, juntamente contribuem para a mobilização de mais de 1 milhão de m3 de água.
“O que é extraordinariamente importante para a mudança deste vale e para o desenvolvimento sustentado da ilha de Santo Antão”, sublinhou Neves.
E no dia em que visitou pela primeira vez a barragem de Canto Cagarra com água acumulada, festeja-se ainda o Dia Nacional da Cultura e da Diáspora, o Chefe do Executivo fez questão de “saudar todas as cabo-verdianas e todos os cabo-verdianos aqui na Diáspora”.
Agora à tarde, o Primeiro-Ministro preside a inauguração da central única que promete resolver de vez as dificuldades relacionadas à produção, distribuição e cobertura energética na ilha.
