O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, afirmou que o próximo aeroporto a ser construído em Cabo Verde será “com certeza” em Porto Novo, tendo em conta a dinâmica de crescimento que o Governo procura implementar com a sua agenda de transformação, sendo que as bases estão a ser criadas para que se possa realizar nos próximos anos “esse” e “outros desiderandos”, referindo-se a outras infra-estruturas que se fazem também necessárias para garantir um desenvolvimento sustentável do município, da ilha e de Cabo Verde em geral.
O Chefe do Governo respondia assim a uma antiga e insistente reivindicação dos representantes municipais e recolocada numa sessão especial da assembleia municipal de Porto Novo e que decorreu na localidade de Ribeira das Patas para assinalar a sua elevação à categoria de vila, este sábado no primeiro ponto da sua intensa agenda de visita à ilha das montanhas. Cerimónia essa que decorreu no polivalente São João Batista.
Para Neves este Governo tem estado a trabalhar em cima de uma visão de construção do futuro, sendo que a “nossa grande ambição é o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde e de todas as ilhas”, defendendo que as bases estão a ser criadas para uma próxima fase de um crescimento mais acelerado e com uma economia muito mais dinâmica e inovadora.
“Com esta dinâmica e em função das exigências desse crescimento continuaremos o programa de modernização das nossas infra-estruturas, é claro que a próxima fase será com certeza o aeroporto de Porto Novo”, assim como outras infra-estruturas estruturantes que estão já a ser equacionados para o concelho e a ilha, nomeadamente no domínio do saneamento (recolha e tratamento de águas residuais) e que “exigem grandes investimentos”, assegurou Neves.
Este executivo, avança o Primeiro-Ministro, está já, inclusive, a preparar o quadro e a mobilizar o financiamento para que, nos próximos anos possa realizar esses e outros investimentos “fundamentais para o crescimento do país”.
Uma outra reivindicação tem a ver com a criação de um campus universitário na ilha ao qual, José Maria Neves defendeu, mais uma vez, “não ser possível”. Em contrário o Primeiro-Ministro reitera a visão do Governo do «Cyber Islands» m matéria de ensino superior, assente no ensino à distância. Isso, tendo em conta a pequenez do país, os custos da insularidade, a dificuldade de quadros capazes suficientes para termos universidades de qualidade em cada ilha e, também, a pequenez do nosso mercado.
O país tem ao todo 13 mil alunos no ensino superior, o que equivale a uma faculdade de grande parte das grandes universidades espalhadas pelo mundo, reflectiu, sublinhando a ambição.
