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Recolocação de moradores de Figueira Gorda acauteladas, assegura PM

Durante a sua visita à barragem de Figueira Gorda, concelho de Santa Cruz, o Primeiro-Ministro pôde falar com um conjunto de moradores da região descontentes pela sua deslocação da parte montante da barragem devido ao iminente riso de submersão de suas casas e assegurar-lhes que a sua situação, em termos da sua recolocação em outros espaços, bem como a indemnização que terão direito estarão a ser acauteladas, devendo, inclusive a indemnização sair nas próximas semanas.

neves visita barragens4Só para a indemnização dessas dezenas de famílias, o Governo já mobilizou cerca de 20 mil contos e “nas próximas semanas estaremos a indemnizar essas pessoas, compensando-as pelas perdas que tiveram durante a construcção da barragem e, agora, com a água que chega à barragem”, frisou o Chefe do Executivo, dizendo “não haver qualquer problema” em relação a essa matéria.

Mais do que a indemnização, essas famílias terão direito a novas casas que serão construídas no âmbito do programa «Casa para Todos», alojando-as, inclusive, com melhores condições do que nas casas onde habitavam até agora.

Enquanto isso não acontece, frisa Neves, é preciso encontrar soluções, ainda que provisórias, face à urgência da situação, já que as águas retidas pela barragem de Figueira Gorda está já a aproximar-se das primeiras casas a montante dela e o perigo de submersão das mesmas é iminente.

Daí que Neves apele à compreensão dessas pessoas que serão as principais beneficiárias, já que directas, com esta infra-estrutura hidráulica, assim como todos os cabo-verdianos sairão beneficiados com infra-estruturas desta natureza e importância estratégica.

Esta solução temporária, até à conclusão dessas novas casas, envolve o alojamento “provisório” destas famílias no complexo Casa para Todos de Pedra Badejo, mais, José Maria Neves garantiu que serão criadas todas as condições, através da construcção de currais e espaços onde possam armazenar os seus equipamentos e produtos, próximos aonde trabalham, sendo a maioria agricultores e criadores de gado, para que possam manter a sua actividade e economia familiar.

“Há algumas pessoas que estão descontentes, não têm todos os esclarecimentos, mas nós estamos tranquilos e vamos resolver esse problema de acordo com o programado”, assegura Neves.