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PM louva contributo dos emigrantes para a Nação Global cabo-verdiana

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, presidiu nesta quarta-feira um encontro com os emigrantes mosteirenses, promovido pela Câmara Municipal dos Mosteiros e enquadrado nas festividades do município, com o Chefe do Executivo a deixar uma mensagem de confiança no futuro do desenvolvimento do país, tendo em conta o percurso feito até então, e a destacar o importante contributo dos emigrantes cabo-verdianos que fazem das Ilhas uma Nação Global.

José Maria Neves sublinhou, no Dia Nacional do Emigrante, o forte contributo que a Diáspora cabo-verdiana tem dado para o desenvolvimento das Ilhas, esta verdadeira Nação Global que ultrapassa as fronteiras das Ilhas.

Cabo Verde, salienta, é uma das poucas Nações Globais, a par de Israel, em que a Diáspora suplanta a população residente no país, constituindo esta condição uma das vantagens do país.

É nessa linha que Neves considera importante a inauguração, esta tarde de quarta-feira, da Avenida dos Emigrantes, no bairro de Queimada-Guincho, “para projectar esta ideia da Nação Global”, uma obra que resulta duma parceria, através dum contracto-programa, entre a Câmara dos Mosteiros e o Governo.

 Neves realça ainda a sua importância no processo que vem sendo desenvolvido pela edilidade no sentido da urbanização da futura cidade dos Mosteiros que terá a actual cidade de igreja como a sua centralidade, a sua “downtown”, como referiu o edil Carlos Fernandinho Teixeira.

Na sua intervenção, José Maria Neves traçou um breve resumo do desenvolvimento que os Mosteiros e a ilha do Fogo em particular, mas também o país têm verificado na última década e meia nas várias áreas, sobretudo ao nível das infra-estruturas nos vários domínios.

Nesses anos, defende o Primeiro-Ministro, tratou-se de colocar os alicerces que servirão para esta nova fase que se quer de aceleração do processo de desenvolvimento do país e, neste caso, da ilha do Vulcão, nomeadamente a modernização e ampliação do porto de Barca Baleeira, as obras do anel rodoviário, os liceus e escola de formação profissional construídos, o centro de saúde dos Mosteiros, as obras de requalificação e ampliação do Hospital dos Capuchinhos em São Filipe, ou ainda as obras prestes a serem concluídas da central única de produção e distribuição energética etc.

Desenvolvimento que os emigrantes presentes dizem reconhecer não obstante os desafios, entre esses a conclusão do anel rodoviário, são mais de 10 kms de asfalto, faltando completar uma parte que vai mais ou menos de Campana-Baixo, município de São Filipe, até os Mosteiros. Uma obra cujo orçamento total é de mais de quatro milhões de contos, dos quais cerca de 40 por cento foram garantidos pelo Governo, através do Tesouro Nacional, e os restantes, através dos fundos da OPEP (Organização dos Países Exportadores do Petróleo), Kuwait e BEDEA.

Segundo Neves, esta segunda fase prevê um desvio e um túnel pelo lado de Campana-baixo e que deverá custar, só o desvio, cerca de 8 milhões de dólares, pelo que terá de ser mobilizado este dinheiro.

Um tema bastante debatido tem a ver com o aumento do preço das passagens da TACV no percurso Providence/Praia, não fossem a maioria desses emigrantes provenientes dos Estados Unidos, tendo José Maria Neves referido que o Governo, através da Agência de Aeronáutica Civil, estará a averiguar se tal aumento constituirá “abuso ou não” da companhia aérea de bandeira pelo facto de não ter concorrência nesta linha.

Neves reafirma ainda o compromisso do Governo com a reestruturação e privatização futura da companhia aérea para uma melhor rentabilização e eficácia. Questões que têm a ver com as taxas relacionadas às alfândegas, e outros impostos foram também abordadas, com o Primeiro-Ministro a estressar a questão da cidadania fiscal e do pagamento do fisco como contributo para o desenvolvimento do país.