O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, considerou, ao receber o título de Doutor Honoris Causa, que tal é, mais do que um reconhecimento individual, uma distinção e “homenagem” ao povo cabo-verdiano e “ao percurso que fizemos enquanto Nação”, repartindo ainda os “louros” de mais esta distinção pela causa do desenvolvimento de Cabo Verde com os familiares, amigos, membros do Governo e os Combatentes da Liberdade da Patria, em especial Amílcar Cabral de que é confesso admirador o Chefe do Executivo cabo-verdiano.
José Maria Neves foi esta sexta-feira distinguido pela Universidade de Santiago com o título Doutor Honoris Causa pelo seu percurso de excelência na política e o seu papel preponderante, primeiro dos destinos de Cabo Verde, enquanto chefe do Governo nestes, prestes a completar, últimos 15 anos.
“Devo dizer que é com grande humildade que recebo esta distinção. A humildade de um filho de Santa Catarina, a humildade de um cidadão cabo-verdiano que tem procurado, como pode, trabalhar para esta nossa querida pátria Cabo Verde”, começou por considerar o laureado para acrescentar logo a seguir que:
“Sinto que esta distinção não é para mim, ou não é só para mim. É uma homenagem ao percurso que fizemos enquanto Nação. É uma honra que eu tenho que compartilhar com os nossos heróis fundadores e todos os participantes na luta de libertação e, em particular, Amílcar Cabral que tanto nos tem inspirado. Quero partilhá-la também, com aqueles que assumiram com coragem, tenacidade e clarividência os destinos da Nação no pós independência e construíram os alicerces de Cabo Verde enquanto país soberano, bem como com aqueles que se esforçaram para garantir que a cultura da democracia se tornasse, na linha do que escreveu Norberto Bobbio, costume e, por isso mesmo, irreversível”, sublinhou.
Neves recorda ainda os colegas do Governo que o acompanharam todo este tempo: “É também uma honra e um dever partilhar com os meus colegas do Governo, e outros mais, pelos seus esforços ao longo dos últimos 15 anos, para elevar o país ao patamar em que se encontra, hoje: um país mais moderno, mais competitivo, mais justo e mais inclusivo, com mais oportunidades e em processo acelerado de transformação socioeconómica rumo ao desenvolvimento sustentável”, reflectiu o novo e primeiro Doutor Honoris pela referida universidade.
Referência ainda ao facto desta honra vir de uma universidade sitiada na sua cidade e conselho natal, Asomada e Santa Catarina, respectivamente, para além do mais uma instituição que Uma Universidade “que vi nascer e que, hoje, qual planta viçosa, resplandece no chão de Santiago e no planalto das ilhas, «vivificando os sonhos, vivificando as ânsias, vivificando a vida»”, frisa, reafirmando o orgulho pelo percurso notável do país ao longo desses 40 anos de independência e, sobretudo, nesses 15 anos, ondepor exêmplo, construiu-se, o que era uma “utopia” na altura, o sistema do ensino superior, hoje com 10 universidades e instituições nas Ilhas e onde hoje estudam mais de 13 mil jovens homens e mulheres cabo-verdianos.