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A cooperação internacional é importante e crucial para muitos programas da AMCOMET – Antero Veiga

O ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, defendeu hoje, 25, em Genebra (Suíça), que a cooperação internacional é “importante e crucial” para muitos programas da AMCOMET inseridos na implementação de uma estratégia integrada.

veiga cooperaAntero Veiga, que se encontra em Genebra a participar no 17º Congresso Mundial de Meteorologia, fez essas declarações na qualidade de presidente em exercício da Conferência Ministerial Africana de Meteorologia (AMCOMET- sigla inglesa) e representante de Cabo Verde nesta reunião magna, cujos trabalhos se iniciaram esta segunda-feira e prolongam-se até ao dia 12 de Junho na capital helvética.

O arquipélago assumiu a presidência da AMCOMET na sequência da realização, em Fevereiro passado, da Terceira Conferência Ministerial Africana sobre a Meteorologia, evento esse que fez deslocar-se à capital cabo-verdiana várias dezenas de ministros e peritos em matéria de meteorologia.

Num discurso proferido esta manhã, em nome da AMCOMET, Antero Veiga pôs a tónica na necessidade de a referida Conferência mobilizar recursos financeiros e em espécies necessários para que possa alcançar as metas estabelecidas.

Na ocasião, comprometeu-se no sentido de contactar com os parceiros de desenvolvimento para a continuação e renovação de linhas de apoio na promoção da agenda de desenvolvimento de África em matéria de meteorologia, na perspectiva de uma “contribuição para a erradicação da pobreza e a sustentabilidade ambiental”.

“Exorto-vos a usar a plataforma da AMCOMET e reunir todas as partes interessadas na melhoria da prestação de serviços meteorológicos e climáticos que atendam às necessidades do utilizador final e também que contribuam para a melhoria de políticas que apoiam a integração de informações e serviços climáticos nos programas nacionais de desenvolvimento para se adaptarem às alterações climáticas”, apelou o presidente em exercício da AMCOMET, para quem, dessa forma, se estará a ajudar o Continente a aumentar a resiliência aos impactos adversos da mudança climática.

Por outro lado, mostrou-se convencido que os investimentos em serviços meteorológicos podem fazer a diferença.

Tais investimentos, segundo o governante, promovem a “construção do Futuro que Queremos”.

Durante o seu mandato, enquanto presidente da AMCOMET, prometeu dar atenção especial aos seguintes domínios:

• Desenvolvimento de programas emblemáticos em consonância com as prioridades da estratégia integrada;

• Desenvolvimento de estratégias nacionais em Meteorologia para os Serviços Nacionais Meteorológicos e Hidrológicos (SMHN) em África, no quadro da estratégia integrada e em harmonia com as redes de desenvolvimento dos países respectivos;

• Trabalhar em estreita colaboração com Organização Meteorológica Mundial (OMM) e outros parceiros para melhorar a capacidade dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais para a prestação de serviços de tempo e clima a sectores específicos e que atendam às necessidades do utilizador;

• Promover e reforçar o desenvolvimento de recursos humanos nos serviços meteorológicos visando a construção de bases sólidas de conhecimentos, habilidades e competências necessárias para a melhoria dos serviços e seu acesso nos Serviços Nacionais Meteorológicos e Hidrológicos (SMHN);

• Apoiar a implementação da Agenda para a Investigação e Desenvolvimento sobre o Clima (CR4D), sob a supervisão da AMCOMET, em colaboração com o Programa ClimDev para melhorar conhecimentos sobre as alterações climáticas em África e permitir o desenvolvimento de capacidades de adaptação e resiliência no continente;

• O desenvolvimento de um Plano de Implementação da Meteorologia Espacial Africana em colaboração com o Grupo de Trabalho sobre o Espaço da União Africano, e da Conferência Ministerial Africana sobre Ciência e Tecnologia;

Recorde-se que a Conferência Ministerial Africana sobre Meteorologia foi estabelecida como um mecanismo de alto nível para o desenvolvimento da meteorologia e sua aplicação em África. É a autoridade intergovernamental sobre meteorologia e é uma iniciativa conjunta da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e da Comissão da União Africana (CUA).