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Nova liderança do PAICV não fragiliza Governo

O Primeiro-Ministro referiu hoje que o facto de a partir de agora haver uma nova liderança no partido que sustenta o Governo, o PAICV, não muda nada e, muito menos fragiliza a sua governação, lembrando que não estamos numa situação de Partido-Estado e que por isso vai continuar a governar normalmente.

Durante a conferência de imprensa sobre a Cimeira Cabo Verde-Portugal, José Maria Neves foi instado a comentar a eventualidade de uma mudança na direcção do partido vir a influenciar a sua governação.

Tranquilo, Neves lembrou que Cabo Verde é um estado democrático onde o Governo, ainda que sustentado por um partido e o grupo parlamentar que o representa, é um órgão de soberania autónomo e que “depende do Parlamento”. E, acrescenta que a “responsabilidade do Governo não é perante o partido. O governo é um órgão autónomo de soberania”, embora suportado pelo Grupo Parlamentar do PAICV conforme explica.

O Executivo tem assim, um programa de Governo aprovado no Parlamento, para além de uma moção de confiança do Parlamento, onde estão as linhas essenciais da acção governativa e é “de acordo com estas linhas que nós vamos continuar a governar sem quaisquer sobressaltos”, afirma.

Nisso, o Primeiro-Ministro promete continuar a governar “normalmente”, auscultando, claro, a opinião do partido e do seu grupo parlamentar, como tem feito desde 2001, até porque trata-se do partido que ganhou as eleições e que “tem uma influência forte na definição as linhas orientadoras da acção governativa”.

Sobre a possibilidade de mudanças no Governo em virtude da nova direcção do PAICV, Neves, mais uma vez insiste que o governo é um órgão autónomo de soberania e que “para haver mudanças na estrutura do Governo tem de haver novas eleições ou mudança do Primeiro-Ministro e que não pensa fazer nenhuma mexida no Executivo em função dos resultados das últimas eleições internas do partido do qual faz parte.

Ouça as declarações do PM na RádioPM:

https://soundcloud.com/primeiro-ministro/pm-garante-eleicoes-internas-do-paicv-nao-fragilizam-governo