O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, sublinhou hoje a importância da Janela Única de Investimentos para a atracção de investimentos privados estrangeiros e o impacto que poderá ter na melhoria de todo o desempenho da administração pública e na sua interacção com o sector privado e que irá reflectir, certamente, na melhoria da performance do país no ranking Doing Business de competitividade, significando um momento de ruptura para uma melhor eficácia e produtividade da administração pública.
O Chefe do Governo presidiu, esta sexta-feira, a cerimónia de apresentação e lançamento da Janela Única de Investimentos que, considera, vem finalmente proporcionar as condições necessárias para que a Cabo Verde Investimentos (CI) possa cumprir o principal propósito da sua criação que, precisamente de servir como uma “janela Única de Investimentos”.
Trata-se de uma grande revolução, reflecte Neves, em matéria do relacionamento da administração pública com os investidores e no que toca às facilidades para os investimentos, sobretudo de capital externo. Para se ter uma ideia, esta plataforma digital vai poder facilitar sobremaneira a aprovação de projectos de investimentos.
“Um projecto que antes levava seis meses ou mais para ser aprovado agora vai poder sê-lo em 60 ou 75 dias”, frisa o Primeiro-Ministro, sem contar que esta plataforma permitirá reunir todos os serviços necessários para a aprovação de quaisquer projectos de investidores externos ou nacionais nesta plataforma única, evitando assim que o potencial investidor “tenha de fazer a via sacra”, de ter que recorrer a vários serviços e instituições com todo o exessod e burocracia e desgaste que isso representa. Cabo Verde, diz José Maria Neves, “precisa de investimentos externos como do pão para a boca”, daí que este seja um passo crucial para a atracção de mais investimentos para o país.
Para além dessas facilidades de “encurtar os caminhos aos investidores, esta plataforma permite uma interacção mais próxima e eficaz entre a Administração Pública e o investidor, dando a este último a possibilidade de seguir a par e passo o processo de avaliação e aprovação do seu projecto a partir desta plataforma digital, como salientou o Primeiro-Ministro e também o Presidente da CI, José Duarte.
Por tudo o que representa e, sobretudo, pelo potencial de aproximação entre os serviços públicos e a classe empresarial, José Maria Neves prevê que A JUI seja um momento “de ruptura” rumo a uma administração pública mais eficaz, mais produtiva e mais sensível às dificuldades e necessidades da classe empresarial, lembrando o Chefe do Executivo que, por mais eficaz que seja um sistema ela sempre dependerá, também, das pessoas responsáveis e envolvidas no seu funcionamento. Daí que apele a um maior comprometimento dos funcionários públicos em matéria de atendimento aos investidores.
Entretanto, a CI e a ADEI deverão manter uma parceria estreita nesta matéria, já que os projectos avaliados em valores até 100 milhões de escudos ficarão ao encargo da Agencia de Desenvolvimento Empresarial e Investimentos.
