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Governo e MpD com entendimento sobre candidatura de Cristina Duarte ao BAD

Um dos temas em debate no encontro desta quinta-feira, entre o Primeiro-Ministro, José Maria Neves, e o presidente do Movimento para a Democracia, MpD, foi a candidatura de Cristina Duarte, actual Ministra das finanças e do Planeamento, ao cargo de Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, tendo merecido a aprovação do MpD que vê como positivo para Cabo Verde uma eventual vitória de Duarte nas próximas eleições para a direcção de um dos principais órgãos financeiros ao nível do continente.

Tanto José Maria Neves quanto Ulisses Correia e Silva realçaram a importância desta candidatura para Cabo Verde estando mesmo o Primeiro-Ministro confiante de que a, dita candidatura, estará entre os favoritos, em virtude do prestígio de que goza Cristina Duarte individualmente e o país em geral em função das suas performances no plano económico e social ao longo desses anos, sendo a actual Ministra das finanças um dos actores principais nesse processo.      

Neves acredita que Duarte está entre os quatro nomes mais fortes, ainda que Cabo Verde possa não ter o poder de influenciação ou «lobby» de outros países candidatos como a Nigéria e a Tunísia, por exemplo, pois que ela, ainda que com a sua silhueta “elegante” tem bastante “peso” no continente pelo seu currículo.

Já o presidente do MpD defende que Cabo verde deve ir mais longe e preparar outras candidaturas a outros cargos de importância internacional como forma de aumentar, justamente, a sua capacidade de influenciação e o próprio prestígio do país.

Os presidentes Pedro Pires e António Mascarenhas são outros nomes grandes da sociedade cabo-verdiana que apoiam esta candidatura, tendo mesmo Pires defendido, na mesma linha dos outros, o peso de Cabo verde ter um nome seu na presidência do BAD. Não para trabalhar para Cabo Verde, pois não é esse o propósito de tal cargo, embora a nomeação de Duarte pudesse ajudar, dentro dos limites legais e eticamente permitidos, Cabo Verde, mas sobretudo, “para contribuir para um BAD mais forte” e consequentemente para o desenvolvimento da África no seu todo.