O Primeiro-Ministro comentou, esta sexta-feira, pela primeira vez a alegada detenção do ex-Chefe de Estado Maio das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto que, segundo os relatos na imprensa teria ocorrido em águas internacionais, próximas a Cabo Verde, enfatizando que se tratou de um caso de polícia e de uma operação conduzida por forças norte-americanas, por isso não querer “qualquer louro em relação à acção dos governos de outros países”.
As declarações de José Maria Neves ocorreram à margem de um Fórum em que presidiu, sobre Clusters e promovida pela Uni-Santiago, com os jornalistas a quererem saber mais detalhes sobre esta operação que já corre o mundo. “É um caso de polícia e não queria entrar em questões que têm a ver com a operação de forças policiais”, começou por dizer o Primeiro-Ministro que corroborou da versão passada na maioria da comunicação social de que a detenção de Bubo Na Tchuto teria acontecido em “águas internacionais”.
Neves acrescenta ainda que assim como foi noticiado “as forças policiais fizeram a apreensão em águas internacionais e em Cabo Verde foi simplesmente para se fazer a escala”, afirmando não querer ficar “com quaisquer louros” em relação a uma acção de um Governo de outro país. Sobre a participação de Cabo Verde na operação, ela apenas se restringiu ao apoio na segurança para que se fizesse o trânsito aqui em Cabo Verde, pois que os tripulantes da embracação apreendida, incluindo Bubu Na Tchuto, foram conduzidos ao porto da Palmeira, na ilha do Sal, para depois serem conduzidos a um avião norte-americano, no aeroporto internacional Amilcar Cabral, rumo aos Estados unidos.
Na Tchuto, recorda-se, é apontado pela inteligência norte-americana como um dos principais chefes do narcotráfico na Guiné-Bissau, o que conduziu ao congelamento dos seus bens em 2010 e agora à sua captura.
