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Nova espécie de fruteira introduzida em Cabo Verde

pitayaTrata-se de Pitaya ou Pitahaya, conhecida internacionalmente também como a fruta do dragão (Dragon fruit), uma espécie de fruteira a ser introduzida brevemente em Cabo Verde pelo Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), com apoio da União Europeia.

De acordo com uma nota de INIDA, a introdução de Pitaya engloba-se dentro do projecto de relançamento da cultura da banana. Um projecto orçado em 600 mil euros, co-financiado pela União Europeia em 500 mil euros e a contribuição do Governo de Cabo Verde em 100 mil euros. A duração é de dois anos e está enquadrado no programa de relançamento da cultura da banana e diversificação da produção agrícola na ilha de Santiago.

O referido projecto, iniciado em 2011, é implementado pela INIDA, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Rural e visa o relançamento da cultura da banana, através da introdução de plantas propagadas ‘in vitro’, tendo como principal objectivo o aumento da produção desta fruta, assim como a introdução e promoção de novas espécies e variedades de fruteiras, nomeadamente mangueira e ananaseiro. Alguns destes resultados são já visíveis, com o aumento crescente da oferta de banana em quantidade e qualidade no mercado.

Além disso, o projecto engloba a vertente investigação que se baseia na introdução de novas variedades de bananeira e ananaseiro, tolerantes às principais doenças, e novas espécies de fruteiras para realização de testes de adaptação nas estações experimentais, desenvolvimento de acções no domínio da gestão integrada de doenças e pragas das culturas de bananeira e mangueira e promoção de inovações tecnológicas geradas pela investigação.

pitaya1Essa investigação abarca a introdução e o acompanhamento do comportamento de novas variedades de bananeira, mangueira e ananaseiro, entre outras novas espécies nas bacias hidrográficas da ilha de Santiago, particularmente na Ribeira Seca (zonas da Barragem de Poilão) e algumas outras localidades da bacia hidrográfica das Ribeiras de Picos e Engenhos. No passado dia 28 de Fevereiro, novas variedades de bananeira e ananaseiro da BIOCLONE – Fortaleza, Brasil (empresa de produção de plantas propagadas in vitro) foram implementadas.

Este projecto tem incentivado o ressurgimento de parcerias entre INIDA e algumas instituições internacionais de renome. Como resultado destas parcerias, um protocolo de colaboração científica está em preparação com o Centro Internacional de Investigação Agrária para o Desenvolvimento (CIRAD) e uma visita de um técnico do Centro Canário de Investigação Agrária (ICIA), a ser realizada de 12 a 15 de Março.

 

Pitaya , uma fruta

A Pitaya, pelo seu aspecto, é uma cetácea (um cacto) originária de América Tropical, sendo um dos seus maiores produtores a Colômbia, o México e o Vietnam. O seu rápido sucesso deve-se ao facto de ter um sabor doce suave e muito refrescante e, entre os seus coleccionadores de plantas e jardineiros, pelas flores (nocturnas) de exótica beleza e tamanho gigantesco.

Existem três tipos principais de Pitaya, sendo a mais comum e de casca vermelha e polpa branca. Depois temos a de Casca e polpa vermelhas, e finalmente a “Amarela” (casca amarela com polpa branca)

É uma fruta que, para além de ter alto teor em vitaminas, adicionará novos sabores às opções crioulas. Esta espécie adapta-se facilmente e bem pitaya2em condições de falta de água e poderá ser mais um contributo à diversificação da fruticultura e ao rendimento dos agricultores cabo-verdianos. A polpa do fruto pode ser consumida ao natural e utilizado na preparação de refrescos, gelados, saladas, aperitivos, iogurte, mousses, geleias e doces.

Esta variedade, já foi testada, com bons resultados nas Ilhas Canarias, pela empresa CULTESA, que tem fornecido plantas propagadas ‘in vitro’ ao INIDA, para plantação de 15 hectares de bananeira e cerca de 1 há de ananaseiro em terrenos de agricultores.