O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, recebeu nesta manhã de quarta-feira, 14 de Novembro, um grupo de 12 beneficiados do programa “Mata Sodadi” do Ministério das Comunidades, para lhes levar um “abraço solidário” e o “carinho” em nome dos cabo-verdianos e das cabo-verdianas. Trazer esses cabo-verdianos ao país, afirma Neves, “é um acto de amor, de fraternidade, é um acto de grande afectividade”.
O Programa “Mata Sodadi”, para quem não sabe, foi concebido para dar a oportunidade aos cabo-verdianos e descendentes que vivem com maiores dificuldades nos seus países de acolhimento, de visitarem e conhecerem Cabo Verde, para inteirarem-se dos ganhos, mas também dos desafios conforme salientou o Primeiro-Ministro no encontro de hoje, pois que “ainda não estão todos resolvidos”, é claro, mas com determinação e visão de transformação este Governo tem conseguido mudar a cara deste país para melhor.
Pela segunda vez, começou o ano passado, o Programa traz a Cabo Verde um grupo de idosos, desta feita provenientes do Senegal e da Guiné-Bissau, alguns dos quais nasceram naqueles países e outros, como um senhor que é natural de Santa Cruz e que há 47 rumara a Bissau sem nunca ter tido as condições de regressar ao seu torrão natal até agora.
“É importante trazer cabo-verdianos e cabo-verdianas que vivem na Diáspora e não conhecem o país e que precisam de um abraço solidário, de um carinho de todos os que vivem aqui em Cabo Verde. Trazer esses cabo-verdianos é um acto de amor, de fraternidade, é um acto de grande afectividade e é por isso que temos o programa `Mata Sodadi´”, frisa José Maria Neves que aponta ser uma forma também de “unir esta nação global cabo-verdiana e, através deste programa, poder trazer as pessoas e fazer a grande comunhão da grande família cabo-verdiana espalhada pelo mundo”.
O Chefe do Executivo realça a diversidade de quadros e da realidade dos cabo-verdianos lá fora, que são gente sofrida como essas que o “Mata Sodadi” tenta ajudar e que o Governo, dentro das suas possibilidades tenta estender uma mão amiga.
Mas há também quadros qualificados como professores, empresários, intelectuais e outros que podem contribuir para o desenvolvimento das Ilhas. É o caso do “Diáspora Contributo” que recentemente fechou a sua primeira edição e que trouxe profissionais de vários níveis e áreas para trazer a sua experiencia e “know-how” ao serviço do país, através deste programa de formação de curta duração.
Nesta segunda volta, o Ministério das Comunidades trouxe 12 idosos, sendo apenas dois homens e 10 senhoras, oito pessoas a menos do que da primeira vez em que vieram de São Tomé e de Moçambique 20 idosos. Uma redução que tem a ver com uma redução do orçamento do programa, financiado única e exclusivamente pelo Governo, através do Ministério das Comunidades. Contudo, o programa tem contado com parcerias de outra natureza e não menos importantes, como o do Centro de Idosos da Cruz Vermelha nacional.