Como apontou o último relatório referente à competitividade dos países em que Cabo Verde regista uma descida de três lugares em relação ao mesmo ranking no ano passado, o Primeiro-Ministro assegura que esta foi analisada nesta reunião, desdramatizando o facto e aponta ao redobrar de esforços para responder a mais este desafio.
Segundo José Maria Neves, esta descida não muda praticamente nada em relação ao score anterior que era de 3,58 e é agora de 3,55 pontos e que tem a ver com outras questões que não tem a ver apenas com a burocratização ou lentidão dos serviços na Administração pública que é, afinal, o sector onde grande parte das 100 medidas vão se inserir. E nesse aspecto, até que Cabo Verde tem feito grandes e notáveis esforços e que lhe valeram nos últimos três a dois anos o reconhecimento, por parte de rankings como o “Doing Business” ligado ao Banco Mundial, como um dos 10 países mais reformadores do mundo.
As dificuldades relacionadas à competitividade têm a ver mais com o acesso ao crédito e as infra-estruturas (que envolvem um conjunto de acções a longo prazo e avultados investimentos), particularmente a questão dos transportes (ligações marítimas mais eficazes entre as ilhas, a interligação entre os transportes marítimos, terrestres e aéreos, “o maior desenvolvimento das intermodalidades” e a problemática da energia. E no que concerne aos transportes, diz Neves, o Governo terá de acelerar o ritmo das acções previstas no programa “Mudar para Competir”.
Já, no que toca ao acesso a créditos, o Chefe do Executivo prevê a continuidade dos esforços de articulação com o Banco Central, com os bancos comerciais e o sector privado para que se possa melhorar “significativamente” esse aspecto.
Durante a reunião que prosseguiu pela tarde dentro, a Comissão deveria ainda identificar algumas medidas imediatas para melhorar o ambiente de negócios em Cabo Verde.