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Primeiro-Ministro enfrenta maior tufão dos últimos 13 anos no sul da China

Uma viagem que já por si só e pela intensa agenda vinha se revelando uma autêntica maratona, veio a se transformar numa verdadeira aventura com o Primeiro-Ministro e a sua comitiva a serem surpreendidos pelo tufão Vicente, como convencionou-se chamá-lo, e que já está a ser referenciado como o maior dos últimos 13 anos, tendo atingido o nível 10, ou seja, a escala máxima.
O tufão Vicente, cujo efeitos, mesmo que timidamente por aquela altura, já se faziam sentir no primeiro dia da visita de José Maria Neves a Macau, viria a obrigar ao cancelamento da agenda do Primeiro-Ministro na tarde de segunda-feira e à antecipação da sua viagem de barco a Honk Kong onde deveria pegar o avião para Paris e Lisboa.
Assim, o Primeiro-Ministro e a sua comitiva foram obrigados a partir para Honk Kong por volta das 16h00 e não 18h00, enfrentando um mar (na verdade a delta ou ponto de encontro entre um rio e o mar que separa Macau e Honk Kong) muito agitado até o aeroporto de Honk Kong. Felizmente a viagem durou pouco mais de 30 minutos.
Mesmo assim forma momentos apreensivos e na altura o tufão vicente apresentava a escala 3 em 10 o que ainda permitia navegar. De lá até a escala 10 foram questão de poucas horas, sendo que ainda a comitiva cabo-verdiana foi para o avião que os levaria a Paris na hora prevista, por volta das 22h:30, apenas para quatro horas depois serem todos os passageiros obrigados a voltarem ao aeroporto onde a comitiva permaneceu até a manhã seguinte quando finalmente puderam prosseguir a sua viagem, eram cerca das 11h00 locais de terça-feira.
Felizmente, tudo acabou por correr bem e a viagem, em termos de resultados foi um sucesso, mas José Maria Neves e a sua comitiva sempre terão mais uma história para contar de que enfrentaram e venceram o tufão Vicente, o maior tufão dos últimos 13 anos naquela região do sul da China e que provocou vários estragos e obrigou ao encerramento das linhas de navio entre Macau e Honk Kong, à inundação dos portos de Macau e ao
encerramento do aeroporto de Honk Kong, afectando mais de 400 voos e deixando em terra milhares de passageiros por quase um dia.
 
Ainda no balanço dos estragos regista-se cerca de 16 feridos em Macau e 138 feridos em Honk Kong, cerca de 600 árvores e danos em vários apartamentos e casas mais próximas ao mar.
De regresso a Cabo Verde, o Primeiro-Ministro prepara-se para a sessão parlamentar sobre o Estado da Nação, na sexta-feira, trazendo boas novas da China.