As relações entre a China e Cabo Verde têm sido marcadas pela excelência ao longo dos anos, todavia é ambição do Primeiro-Ministro das Ilhas elevar para outros patamares essas relações, sendo que o nosso país conta com a China como parceira importante no seu processo de desenvolvimento. Cabo Verde precisa, pelas contas de José Maria Neves, de cerca de 500 milhões USD para responder efectivamente às grandes necessidades do país em matéria de infra-estruturação e transformar “efectivamente” o país.
Para além dos 21 milhões USD, disponibilizados de imediato ao Governo das Ilhas, Cabo Verde conta com a China para arrecadar grande parte desse montante previsto para responder às grandes necessidades do país nos mais diversos domínios e espera conseguir parte significativa desse montante no âmbito do valor de 20 biliões USD disponibilizados pelo Governo de Pequim ao continente africano. Contudo, José Maria Neves está convicto que o valor a arrecadar por Cabo Verde dependerá da nossa capacidade e dos projectos apresentados.
“Nós queremos é alargar muito mais do que os 21 milhões, estamos a falar em grandes infra-estruturas que poderão ultrapassar os 500 milhões USD, no domínio dos portos, de aeroportos, de estradas, das telecomunicações”, afirmou o Primeiro-Ministro, José Maria Neves à comunicação social numa conferência dada em Macau.
Neves lembra os projectos a serem desenvolvidos em matéria das telecomunicações e tecnologias de informação com a HUAWEI e afirma a ambição de desenvolver novas parcerias em matéria das energias renováveis em que os chineses estão entre as principais potências do mundo, para além de outras áreas em que os dois países poderão ampliar as suas relações como é a vontade de ambos os governos e que ficou claro nos vários encontros de José Maria Neves com o Presidente da Republica da China Hu Jintao, o Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao e outros altos representantes do Partido Comunista da China.
Os transportes aéreos, água e energia são outras necessidades e que poderão resultar em parcerias da TACV e a Electra, respectivamente, com empresas chinesas, entre outras possibilidades. O certo é que a parceria entre Cabo Verde e China dá sinais claros de uma nova largada e de um reforço inegável.