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Primeiro – Ministro: Márcio e Keula são provas de que Cabo Verde tem futuro e que pode superar-se

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, expressou hoje, 19 de Abril de 2012, mais uma vez, o seu orgulho com os feitos alcançados pelos atletas paralímpicos Márcio Fernandes e Keula Semedo, que trouxeram medalhas de ouro, prata e bronze, reafirmando a sua vontade que estes sirvam de referência positivas para os jovens cabo-verdianos nas Ilhas e na Diáspora. Esses atletas, afirma José Maria Neves são exemplo de que Cabo Verde “tem futuro” e de o país “pode superar-se”. OS atletas acabam de ser condecorados pelo Chefe do Governo com as medalhas de mérito desportivo de 1º Grau (Márcio) e de 2º Grau (Keula).

Agradecendo aos atletas, José Maria Neves reafirmou o seu orgulho pelo feito por eles alcançado e que é uma vitória para todo o país. Com essas vitórias, Keula e Márcio deram um grande contributo para que Cabo Verde fosse hoje mais conhecido, como observou o próprio Márcio em seu discurso de agradecimento.

O atleta recorda que quando chegaram a Tunis, uma pequena delegação cabo-verdiana de dois atletas e dois dirigentes do Comité Paralímpico de Cabo Verde, “todos perguntavam onde é que ficava Cabo Verde?”. No final as comitivas dos outros países lhes vinham cumprimentar.

O percurso de Márcio e Keula é, acrescenta José Maria Neves, uma inspiração para todos os cabo-verdianos em qualquer profissão ou ocupação, sobretudo aos jovens deste país, nas ilhas e na Diáspora. Eles mostram-nos assim, o caminho para que o país possa alcançar o sucesso que é com trabalho e perseverança. “Todos têm potencialidades, na saúde, na educação, no desporto, independentemente de sermos deficientes ou não, mas o superar os obstáculos e os limites. Só assim é que Cabo Verde poderá ganhar o futuro. Márcio e Keula são provas de Cabo Verde tem futuro, que Cabo Verde pode ir longe, independentemente dos obstáculos e dos limites”.  

Uma palavra especial aos nossos da Diáspora, sendo que Márcio nasceu em Lisboa, aos quais Neves realça que Márcio é um exemplo como muitos de sucesso dos cabo-verdianos lá fora. “Não temos só problemas, só dificuldades na Diáspora. Temos também bons exemplos, boas referências. Temos professores universitários que se destacam, profissionais liberais que se destacam, temos operários que se destacam, temos estudantes que brilham nas diferentes universidades, temos o Márcio que é ouro nas competições internacionais” e que é uma referência para os jovens cabo-verdianos além-fronteiras.  

Falando em nome dos dois homenageados, Márcio Fernandes que não pôde esconder, no final da cerimónia, agradeceu a homenagem em seu nome pessoal, mas também “de todos os atletas paralímpicos que tão arduamente treinam todos os dias para  conseguirem superar na modalidade que escolheram e que tanto gostam”. Afirmou ainda ser uma “honra” ser homenageado pelo Governo, o que lhe dá mais alento para enfrentar as competições futuras, nomeadamente os Jogos de Londres, pelo que promete “trabalho, dedicação e representar Cabo Verde com dignidade”.

Entretanto, admite que depois das conquistas de Tunis, sente-se agora com maiores responsabilidades, pois os atletas paralímpicos cabo-verdianos chegaram a um patamar em que conseguiram o respeito dos adversários “que já nos vêem com olhos diferentes do que nos viam há uns tempos atrás”.