O Governo quer contribuir para debates parlamentares mais regulares e que sejam mais esclarecedores para a opinião sobre questões importantes da vida política externa e interna e para isso defende que o Parlamento se reúna semanalmente e que o Primeiro-Ministro participe de debates mensais sobre questões importantes relacionadas às políticas públicas. Um debate importante, neste sentido tem a ver com a interpelação que a oposição pretende fazer na próxima sessão parlamentar sobre o sistema financeiro e que o Governo espera venha a ser esclarecedor sobre a credibilidade e estabilidade do mesmo.
Durante a sessão do Conselho de Ministros desta quinta-feira, foram analisadas duas questões importantes, uma delas a interpelação que o maior partido da oposição, o MpD, vai fazer ao Parlamento sobre a exposição do sistema financeiro à lavagem de capitais apresentada recentemente pelo Presidente do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo.
Sobre a referida interpelação, o Governo, segundo Neves, considera normal o acto no quadro do pluralismo político e do debate democrático e “nós vamos, no quadro do Parlamento, mostrar aos cabo-verdianos que o sistema financeiro é credível, é estável”, como teria o feito o Governador do Banco de Cabo Verde na referida exposição aos deputados.
E em jeito de apelo aos deputados o Chefe do Executivo acrescenta considerar ser “um dever de todos nós proteger o nosso sistema financeiro e trabalharmos para a credibilidade externa dos bancos e do nosso sistema financeiro que é um recurso estratégico para o desenvolvimento global do país. Esperamos que seja um debate elevado e esclarecedor para a opinião pública cabo-verdiana”.
Outro objecto de análise neste Conselho de Ministros foi o debate que deverá acontecer nas próximas sessões parlamentares sobre a reforma da Assembleia. Uma reforma que muito interessa ao Governo “enquanto sujeito parlamentar”, sublinha.
Nesse âmbito o Governo defende que o Primeiro-Ministro deva participar mensalmente num debate para esclarecimento da opinião pública sobre questões importantes da vida política externa e interna. E, sublinha, “queremos contribuir que o debate parlamentar se faça com mais regularidade, visando sempre mais informações e mais esclarecimentos à opinião pública.
Na mesma linha de raciocínio, o Governo quer que “o Parlamento se reúna semanalmente, com mais regularidade, portanto, para além de que o próprio Governo esteja mais presente nas Comissões Especializadas “para responder aos deputados e esclarecer a opinião pública sobre os meandros das políticas públicas no país”, o que permitirá “maior controlo dos cidadãos, um maior controlo do Parlamento e da sociedade civil em relação às políticas públicas”, salienta.
