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PM diz que Futuro Centro de Hemodiálise marca nova era na saúde cabo-verdiana

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, procedeu, sexta-feira, 04 de Novembro de 2011, ao lançamento da primeira pedra do Centro de Hemodiálise na Cidade da Praia. O Primeiro-Ministro sublinha que esta infra-estrutura irá abrir um “novo tempo de modernização e sofisticação” do sistema de saúde nacional.

José Maria Neves salientou, em seu discurso, a importância dessa infra-estrutura e do seu serviço para a melhoria da qualidade do sistema de saúde cabo-verdiano, sendo que o Estado e muitas famílias cabo-verdianas gastam milhares de contos anuais com a evacuação e tratamento de doentes com necessidade destes serviços em países estrangeiros, sobretudo Portugal. A isso soma-se a dor da separação dos doentes que são obrigados a uma longa permanência nesses países devido ao tratamento.

Assim, o futuro Centro de Hemodiálise vai dar resposta aos doentes com insuficiências renais ou outras complicações de foro renal. Trata-se, refere o Chefe do Executivo, de uma “grande conquista” e que permitirá “maior segurança” no tratamento aos pacientes com problemas renais.

Esta é, segundo Neves, apenas uma de muitas conquistas do país nos últimos anos em matéria de infra-estrutura e serviços de saúde aos quais se juntam, por exemplo, o centro cirúrgico, o laboratório, a nova maternidade do Hospital Agostinho Neto (HAN), a central de consultas, os serviços de oncologia, ou de banco de sangue. Enfim, um conjunto de iniciativas que marcam uma nova era de modernização dos serviços de saúde nacionais.

Contudo, as infra-estruturas não se completam sem um bom serviço, daí que apele aos profissionais de saúde, sobretudo aos do HAN, para “o compromisso do trabalho, da produtividade e da qualidade”.

“Precisamos fazer mais e melhor”, aponta José Maria Neves. “Melhor atendimento. Menos morosidade e melhores relações públicas. Hospital como um serviço de cidadania”. São algumas das melhorias a serem feitas de acordo com Neves, para que os cabo-verdianos possam ter um serviço de saúde de qualidade e que possa permitir, também, abrir novos horizontes, sobretudo no que toca ao turismo ligado à saúde, para que Cabo Verde tenha as condições de receber gente de outras paragens para tratamento nas instalações de saúde nacionais.

O Chefe do Executivo encoraja a direcção do HAN a continuar com o trabalho meritório que vem fazendo, para melhorar a eficiência dos serviços e pôr cobro a situações de favorecimento e outras actividades menos claras. “O Governo não pode admitir que o hospital seja transformado em lugar de favores desviantes, negócio de consultas ou tráfico de influências. Queremos um hospital funcional, eficaz, transparente e moderno”, afirma.

Também a Ministra-Adjunta e da Saúde, Cristina Fontes Lima, sublinha o impacto do futuro centro nas vidas das pessoas lembrando que são neste momento “123 doentes pendentes de alta em Portugal e a quem estamos a criar condições para regressarem a terra natal, onde poderão receber tratamento e cuidados necessários”.

O projecto, financiado em cerca de 270 mil contos, vai permitir ao país ser autónomo nesta matéria.

O embaixador de Portugal, Bernardo Lucena, também realçou o impacto real dessa futura infra-estrutura na vida dos cabo-verdianos, que irá “contribuir para o atendimento dos doentes de foro renais, sem que estes se separam das suas famílias, e nem constituem custos para os referidos governos”.

A construção, equipamento e formação de pessoal para trabalhar no referido centro é co-financiado por e pelo Tesouro cabo-verdiano e está orçada em cerca de 127 milhões de escudos para a construção, sendo 105 milhões de euros para equipamentos. O prazo de execução da obra é de 10 meses e terá três pisos com consultórios, internamento e com um sistema especial de armazenamento de água.

Leia, na íntegra, o discurso de sua Excelência, o Primeiro-Ministro, José Maria Neves.

Discurso do Primeiro – Ministro no lançamento da 1ª Pedra do Centro de Hemodiálise