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Cabo Verde quer alargar número de comissários na CEDEAO

Na sequência da recente reunião da Comissão da CEDEAO que viu, mais uma vez negada a aspiração de Cabo Verde em ter um representante naquele órgão, respondendo à comunicação social, José Maria Neves entende que têm a ver com o desenho actual da gestão da organização que favorece determinados interesses e consensos conjunturais de países com maior expressão dentro do bloco. Acrescenta ainda que Cabo Verde vai continuar a propor mudanças para que outros países, nomeadamente o nosso, possam ter maior protagonismo, sobretudo, o alargamento do número de comissários para que todos os países membros possam ter a sua representação naquele órgão.

Nesta linha, Cabo Verde, assim como a Guiné-Bissau e outros, avançam com a proposta do alargamento do número de comissários dos actuais sete para 14 membros, dando a outros países a possibilidade de uma participação mais activa no seio da organização. A intenção é, também, de incutir “critérios claros” em relação ao Presidente e restantes comissários da Comissão de gestão da CEDEAO.

 “Nós queremos propor mais reformas a nível da CEDEAO”, enfatiza, “para que essas questões não dependam só de determinadas reuniões ou consensos conjunturais. Temos de fazer uma verdadeira reforma da CEDEAO, designando um comissário a cada país membro da CEDEAO, para que todos possam estar na comissão da CEDEAO, todos os Estados com iguais direitos, iguais deveres, no plano da integração económica e o desenvolvimento que nós pretendemos para a África Ocidental”.

Para isso, acrescenta, há que implementar outras reformas no bloco dos países da África Ocidental, de forma a cortar os custos em outras áreas “onde há mais gordura”, para favorecer o funcionamento de uma comissão da CEDEAO mais funcional, mais representativa de todos os Estados da CEDEAO.

E conclui: “Isto para dizer que não estamos satisfeitos com essas discussões conjunturais e pontuais e, precisamos reflectir mais aprofundadamente sobre as instituições da CEDEAO e haver respostas mais assertivas e mais eficazes a nível da CEDEAO”.