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PM augura uma transição pacífica para a Líbia

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, comentou, pela primeira vez, à margem do debate sobre o Estado da Justiça, a situação da Líbia após a confirmação da morte do ex-líder líbio, Muammar Khadafi. Apelou a uma “transição pacífica”  para a criação de condições de um verdadeiro “Estado de Direito Democrático” naquele país árabe-africano. Para Neves, com a possibilidade da instauração da Democracia na Líbia, abrem-se as perspectivas de uma maior cooperação com Cabo Verde. o Primeiro-Ministro comenta ainda a não inclusão de Cabo Verde no Concelho da organização.

“ Que haja muita ponderação e responsabilidade no sentido de preservar os direitos, as garantias e liberdades de todos os cidadãos e de se construir efectivamente um Estado de Direito, para os líbios poderem ascender, definitivamente, a uma nova dignidade e poderem resolver os seus problemas fundamentais”, começou por dizer o Chefe do Governo cabo-verdiano que apelou a “uma transição pacífica naquele Estado africano”.

Na sequência, José Maria Neves augura “um grande diálogo para que possa haver pilares do Estado de Direito Democrático na Líbia devidamente sustentados para se poder continuar a trabalhar para o desenvolvimento de África e, para que os africanos possam viver com mais dignidade”.

Para o Chefe do Executivo cabo-verdiano, o facto de essa nova fase da Líbia abrir espaço para a instauração de um Estado de Direito Democrático, abre, também, perspectivas para o fortalecimento das relações entre os dois Estados, tendo em conta que  até então, reinava um regime totalitarista na Líbia e, que funcionou como entrave a uma relação mais frutífera.

“Nunca fui apologista de uma cooperação mais activa com países que não respeitam o Estado de Direito Democrático. Sempre tive, desde que assumi o cargo (em 2001), muitas reservas. A democracia e a liberdade são instrumentos fundamentais para uma cooperação sadia, uma boa cooperação, em benefício dos dois países e dos dois povos e em benefício de África”, responde.

Sobre a morte de Khadafi concretamente, Neves afirma que “nunca celebramos a morte. Nós propugnamos sempre pela paz e pelos princípios do Estado de Direito Democrático”, reforçou o desejo de ver a concretização de um Estado Democrático naquele país.