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Eva Ortet faz balanço do Ano Agrícola

Em comparação com 2010, “este ano agrícola é menos bom mas temos um ano agrícola razoável”. A garantia é da Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet que anunciou no passado dia 20 de Outubro “que o balanço do ano agrícola não seria catastrófico, mesmo se não tivesse caído as últimas chuvas, porque o ano agrícola não se resume unicamente a produção do milho”.

Eva Ortet explica ainda que nas zonas altas e semeadas das ilhas de Santiago, Fogo e Brava “já havia uma certa garantia de alguma produção de milho e, numa perspectiva razoável de produção de feijões, tubérculos, abóboras e muita pastagem”.

A preocupação maior está nas ilhas do norte onde se notou uma fraca precipitação. A Ministra acrescenta ainda que nessas zonas mais áridas, mesmo não havendo a produção de milho, há ainda a possibilidade de uma produção razoável de feijões e de pastagem.

Eva Ortet chama a atenção dos produtores agrícolas e da população em geral que, para além da cultura do sequeiro “no segmento em avaliação do ano agrícola, acompanha-se também a situação fitossanitária das culturas a produção das pastagens, a recarga dos lençóis freático que nos dão a ideia como vai ser a campanha do regadio, que é mais importante para nós”.

A produção do milho tornou-se um factor cultural e de segurança em Cabo Verde, no entanto, a titular da pasta de agricultura defende que a aposta deve ser feita “na agricultura irrigada e na pecuária, para gerar empregos e retirar a população da pobreza”. Acrescenta que já há pessoas a produzirem outros produtos e indica o exemplo do Alto Curralinho onde os agricultores estão apostar no cultivo de repolho, batata e já com algum sucesso.

“Temos estado a insistir com os agricultores em utilizar os solos consoante a vocação. Nas zonas húmidas e semi-húmidas, temos estado a investir em fruteiras. São zonas de produção que podemos fazer este tipo de produção, diversificando assim a cultura. Em vez de milho e feijão apostar em tubérculos, legumes, etc.”, diz a Ministra.

Eva Ortet apontou algumas medidas implementadas para impulsionar o sector agrícola nas ilhas de Boa Vista e Maio onde estão a ser construídas diques de retenção de água. “Há já construído mais de 22 diques e a maioria está cheia de água das últimas chuvas e, com essas águas pode-se produzir muitas toneladas de legumes na ilha do Maio”.

Anunciou a vinda de uma equipa de FAO/CILSS para fazer uma avaliação final do ano agrícola e, afirmou que caso se vier a comprovar uma fraca produção nas ilhas vão ser tomadas algumas medidas para atenuar os efeitos na população mais vulnerável.