Esta é uma mensagem que vem sendo há muito propalada pelo Chefe do Governo e cujo palco de hoje não poderia ser mais oportuno para tal. Aproveitando a Feira das Profissões organizada pelo Ministério da Educação e que abriu esta sexta-feira, no largo do Auditório Nacional, José Maria Neves dirigiu-se aos adolescentes e jovens estudantes, para que façam o melhor das suas oportunidades.
Oportunidades que têm a ver com a aposta séria na sua formação e que tenham em conta as reais necessidades do mercado de modo a conseguirem ingressar mais rapidamente no mundo do trabalho. Daí o exemplo da ilha do Fogo, que está a singrar a sua tradição de vinicultura sem que entretanto haja um único especialista nacional formado nessa área.
O país quer afirmar-se como uma plataforma prestadora de serviços nos mais diversos domínios e para isso precisa de profissionais capazes e empreendedores. "Temos de ser cada vez mais competitivos, ser melhores do que os outros para podermos competir no mercado internacional e, para isso, há que melhorar a qualidade de tudo o que nós produzimos, criar oportunidades e saber aproveitar as mesmas", realça Neves.
Num mundo globalizado e cada vez mais competitivo "já não basta" ter um Diploma, a palavra de ordem é a excelência. "Temos de ser excelentes profissionais", salienta, para que se possa competir com profissionais de todas as partes do globo, como salientou.
É por essa razão que o Estado cabo-verdiano não tem medido esforços nos investimentos na educação com a criação da Universidade de Cabo Verde, dos Centros de Formação Profissional, universidades, a revisão curricular que prevê a transformação dos liceus em escolas técnicas que ofereçam também a via profissionalizante como uma alternativa credível de inserção no mundo do trabalho.
A via do empreendedorismo é um caminho cada vez mais viável com as várias iniciativas do Governo para apoiar os projectos de negócio da nossa juventude, através de agências como a Agencia de Desenvolvimento do Empreendedorismo e Inovação (ADEI), ou ainda o recém-criado Novo Banco, que prestam especial atenção ao sector da juventude.
"Antes um bom micro-empresário do que um mau funcionário público", afirma José Maria Neves, que tem defendido uma mudança profunda de paradigma na sociedade cabo-verdiana. Historicamente demasiado dependente do Estado. "Quem emprega são as empresas e o Estado deve criar as condições para que cada vez possam haver mais empresas e oferta de emprego", é esta a ideia defendida tantas vezes pelo Primeiro-Ministro e que vigora nos países desenvolvidos.
A Feira, foi pensada, justamente para ajudar e orientar os jovens na melhor escolha para a sua formação e profissão. Participam nesse certame várias escolas e instituições de formação profissional e superior.