Ao sair do encontro com o Presidente da Assembleia Nacional que simbolizou a entrega oficial do documento norteador da acção do Executivo nos próximos cinco anos, José Maria Neves mostrou-se um homem satisfeito com o que considerou de "extraordinário" a participação das cabo-verdianas e dos cabo-verdianos para o documento final.
Segundo Neves, o Governo recebeu milhares de colaborações da Sociedade Civil, com propostas, muitas das quais "extremamente interessantes" e que por isso esta contribuição está "plasmada" no programa que irá merecer a apreciação do novo Parlamento na primeira sessão parlamentar desta legislatura prevista para os finais deste mês.
Pela ampla colaboração recebida na elaboração do Programa imprescindível, Neves não tem dúvidas em afirmar que se trata de um documento "rico" e que integra uma "visão clara de futuro", para uma nação cada vez mais "inclusiva", "justa, próspera, com oportunidades para todos".
O objectivo central da próxima legislatura, defende, é a construção de uma economia "inovadora, competitiva, dinâmica, com prosperidade e partilhada" por todos. Para isso, o grande desafio, apesar da conjuntura desfavorável, com a crise internacional, é acelerar o ritmo da economia nacional. "Queremos que (a economia) continue a crescer, seja cada vez mais forte, pujante com novas oportunidades para o crescimento do sector privado", salienta.
Tudo isso, para que se possa aumentar os postos de trabalho e reduzir o desemprego ainda mais, e assim garantir mais "rendimento às famílias", debelar a pobreza, e construir uma nação com mais e melhor qualidade de vida para todos.
Um factor encorajador, tem a ver com facto do país, apesar dessa referida conjuntura desfavorável, ter crescido em média seis por cento na última década. Quanto ao desemprego, diz o Chefe do Executivo, de acordo com os métodos de avaliação europeus, o desemprego em Cabo Verde actualmente é de 10,7 por cento.
Isso numa altura em que o desemprego continua a aumentar no mundo, tendo como exemplos a Espanha (20 por cento de desemprego) e Portugal (aproximadamente 12 por cento). Um feito que considera extraordinário e que encoraja o Governo a buscar mais. O novo Programa do Governo, afiança, foi concebido para responder aos novos desafios que o país enfrenta.
"Os dados do Censo apontam para um desemprego de 10,7 por cento. Quando em todo o mundo o desemprego está a crescer, temos 20 por cento em Espanha, cerca de 12 por cento em Portugal, com a mesma metodologia destes países, Cabo Verde tem hoje essa taxa de 10,7 por cento", comparou o governante, sublinhando ser um "ganho extraordinário" para o arquipélago.
Veja a proposta do Programa do Governo no site criado para a socialização da mesma. A versão final do documento será publicada neste espaço tão logo quanto possível.