O Chefe do Governo mostrou a sua convicção de que Cabo Verde está no bom caminho no que concerne à Educação, sendo que os constrangimentos básicos que afectavam o sector na década de 90 estão perfeitamente ultrapassados.
Refere-se, José Maria Neves, aos atrasos nos salários dos professores que hoje fazem parte do passado, à questão das reclassificações e às promoções da classe docente do qual o Governo vai dando prova de estar a resolver. Os atrasos frequentes, n aquela altura, em relação às bolsas dos estudantes cabo-verdianos no exterior também foram lembrados para responder às acusações do maior partido da oposição de que este Governo não investe no sector.
"Se há país onde se investe na Educação este país é Cabo Verde", mostra da sua convicção. E suporta com números a sua afirmação. Basta ver que este pequeno país investe cerca de 23% do seu orçamento precisamente nesse sector o que elucida a prioridade que este Executivo dá à Educação.
Neves recorda ainda outros investimentos como o das cantinas escolares que hoje é assumido totalmente pelo Governo e que beneficia perto de 100 mil estudantes, um programa que em 2000 encontrava-se em fase de encerramento, beneficiando apenas 30 mil crianças.
Isso sem falar dos kits escolares que só este ano foram distribuídas a aproximadamente 40 mil alunos do ensino básico. Já na terça-feira, num encontro com as forças vivas de São Filipe, Neves manifestou o seu repúdio às afirmações da oposição que acusa o Governo de investir apenas em betão e de se esquecer das pessoas.
O Chefe do Governo lembra também que foi com este Governo que a formação profissional voltou a ser encarada como grande prioridade, sendo que em 2000 quando o seu Governo tomou posse era quase inexistente e o maior centro de formação profissional do país, a Variante havia sido fechado pelo Governo chefiado pelo mesmo actor que hoje acusa o Governo de não investir na Educação.
Por sua vez, o ministro da Educação e Desportos, Octávio Tavares, afirma que nos dias de hoje ninguém de "bom senso e com a inteligência a funcionar" pode duvidar dos investimentos realizados no sector da educação que estão à vista de todos.
Sobre o novo ano lectivo 2010/11, Octávio Tavares disse que começou da "melhor forma possível" com intervenções na rede escolar, na cobertura das necessidades do corpo docente, marca o arranque definitivo do programa "Mundu Novu", ligado às tecnologias de informação e comunicação, com a universalização da educação física e o desenvolvimento do desporto.
Novos desafios
Os desafios básicos estão ganhos, como comprova a avaliação feita pelas Nações Unidas que considera que em 2010, cinco anos antes do término do prazo de realização dos Objectivos do Milénio Cabo Verde já os realizou no que concerne à educação. A qualidade, a universalização do ensino básico e secundário, a paridade de géneros na educação, etc.
O desafio agora é reforçar o ensino profissionalizante através dos liceus que deverão ser transformados em liceus técnicos. É levar as novas tecnologias às escolas e universalizar assim o acesso a essas ferramentas indispensáveis no mundo de hoje.
Daí o programa "Mundu Novu"que já está a levar a Net gratuita aos estabelecimentos de ensino, o acesso aos computadores com a disponibilização em condições muito favoráveis e, inclusive de forma gratuita aos mais desfavorecidos, etc.
O programa também vai permitir maior interactividade entre professores alunos e pais e encarregados de educação, através da rede informática da educação. A qualidade, diz, ‘'e um ideal que se procura permanentemente", realçou, reafirmando o engajamento do seu Executivo com uma educação cada vez melhor.
Aliás, vários professores foram agraciados com o diploma da conclusão de seus cursos na inserção às novas tecnologias, inserido no "Mundu Novu", justamente para melhor auxiliarem os seus alunos, nessa nova fase do ensino em Cabo Verde.
É hora também de universalizarmos o acesso ao ensino superior, daí a componente forte do ensino à distância e que será mesmo o objecto de maiores investimentos no quadro do segundo Compacto do Millenium Challenge Account, para levar a universidade a todas as ilhas através das novas tecnologias.
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