A iniciativa é coordenada por Miriam Medina que, em tempos, começou a perder os movimentos das pernas e dos braços e teve de enfrentar a realidade de se deslocar com o auxílio de uma cadeira de rodas. Após assistir a um espectáculo de dança em cadeira de rodas, nos Estados Unidos da América, decidiu estruturar um projecto parecido em Cabo Verde. A grande meta é fazer com que a sociedade reconheça que tais dançarinos são produtores de arte e não deficientes que dançam.
Para a presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania, Zelinda Cohen, que apresentou o projecto, a iniciativa promove o direito ao acesso à arte, a cidadania dos deficientes, além de estimular o aperfeiçoamento estético ao quebrar os estereótipos de dançarinos com corpos perfeitos.
A Ministra Madalena Neves, que presidiu a cerimónia, afirmou que o projecto é inovador e é uma forma de dizer que em Cabo Verde há oportunidades para todos e que a dança e o teatro podem ser elementos de valorização pessoal e de inclusão social.
Madalena Neves disse ainda que o Ministério da Solidariedade Social irá sempre estabelecer parcerias com todas as instituições que promovam o desenvolvimento social com inclusão. Para isso, foi criada em 2008 a Aliança Para o Desenvolvimento Social, ADS, para valorizar o capital social (factor de competitividade das comunidades e do país) e que é um espaço onde todas as instituições públicas, privadas, ONGs e outras podem estabelecer parcerias para promover um desenvolvimento equilibrado.
O projecto Mon da Roda já conta com dois parceiros, com os quais assinou protocolo de cooperação: o Comité Paralímpico Cabo-verdiano e a Direcção-Geral da Solidariedade Social.