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38° Cimeira CEDEAO termina com balanço positivo

Após o final desse encontro histórico, o Primeiro Ministro, fez um balanço muito positivo sobre uma Cimeira que vem confirmar a ascensão de Cabo Verde no seio das decisões dentro do bloco dessa sub-região.

"Valeu a pena, foi uma discussão interessante, foram aprovadas questões importantes relativamente à vida da organização e da região", afirma José Maria Neves. Decisões essas que serão publicadas na declaração final do encontro, assim que esteja disponível neste sábado.

De entre elas, a manutenção da decisão pela suspensão do Níger do fórum das decisões na organização, por incumprimento devido ao recente golpe de Estado naquele país, sendo que apenas ao seu ministro dos negócios estrangeiros será dada a autorização para atender as reuniões da organização.

Entretanto, a indefinição sobre  a nomeação dos órgãos da CEDEAO adiou a decisão para Dezembro próximo, pelo que Cabo Verde terá de esperar até então para saber se consegue o seu intento que é eleger o vice-presidente da Comissão da organização. Em Dezembro haverá uma Cimeira extraordinária para o efeito, que deverá decorrer em Abudja, Nigéria, sede da CEDEAO. 

Cabo Verde, recorda-se, é candidato à Vice-Presidência da Comissão da CEDEAO e o embaixador Fernando Wahnon é o nome indicado para a posição. A decisão sobre os nomes que comporão o órgão executivo ficou adiada para a próxima sessão extraordinária em Dezembro, provavelmente na Nigéria, sede da CEDEAO.

Contudo, as possibilidades para Cabo Verde continuam vivas e fortes, sendo que decidiu-se pela criação de uma comissão ad-hoc, do qual o país fará parte, juntamente com a Nigéria, a Costa do Marfim, o Gana e o Senegal para analisar os vários pontos sem consenso e buscar os entendimentos possíveis para a conclusão desses processos na sessão de Dezembro.

Em sintonia com Neves, o Presidente da República, Pedro Pires realça a importância do evento para Cabo Verde e desvaloriza o adiamento da nomeação dos órgãos da instituição, considerando normal num processo de diálogo e negociação.No pior dos casos, o país deverá conseguir uma vaga de comissário.

 A decisão deverá e terá que ser tomada até então, já que o mandato da actual gestão termina a 31 de Dezembro e os Estatutos da CEDEAO exigem que a nova "equipa" inicie funções a 1 de Janeiro de 2011.

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