Realizou em S. Vicente no dia 30 de Abril uma Assembleia Extraordinária da ELECTRA que contou com a participação da Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
A assembleia da ELECTRA visou deliberar sobre dois pontos fundamentais a saber: a recomposição da Estrutura Accionista visando a entrada do INPS no capital Social; A aprovação do plano de reestruturação da Electra.
De acordo com uma nota de imprensa do INPS havia um terceiro ponto sobre a recomposição dos órgãos sociais, mas este ficou adiado para a próxima Assembleia Ordinária a realizar-se ainda no mês de Maio.
Em relação ao primeiro ponto, recorde-se, em 2008 o INPS disponibilizou a ELECTRA o montante de 525.000 contos, mediante o compromisso da sua futura conversão em Capital Social, comprometendo-se o maior Accionista Estado a promover a abertura do capital social de modo a permitir a entrada o INPS. Para o efeito, houve um período de negociação e de estudos realizados por um consultor independente, visando uma análise cuidada do valor da empresa e apuramento do preço justo a pagar por cada acção.
Assim os 525 mil contos foram convertidos em capital social, mediante a emissão, subscrição e realização de 263.026 novas acções pelo INPS, com o valor nominal de 1.000$00 cada, acrescido de um prémio de emissão 996$00.
Na referida Assembleia foi deliberado um aumento de capital de 363.226 novas acções tendo o Estado subscrito as restantes 100.200, passando a estrutura accionista da Electra a ter a seguinte configuração:
Estado |
63,30% |
INPS |
27,30% |
Municípios |
9,30% |
Com a conclusão deste processo, o INPS vê consolidada a sua estratégia de penetração em sectores estratégicos e importantes para o desenvolvimento sócio económico do país, assumindo posições de destaque em empresas nacionais que lhe permitem não só a sua própria valorização como também a criação de condições para a sustentabilidade do sistema.
Esta estratégia está em plena conformidade com a política de investimentos do sector da Segurança Social, centrada na garantia do cumprimento das suas responsabilidades actuais e futuras, com a necessária diversificação da sua carteira de investimento e dos riscos e um nível de rentabilidade que tenha liquidez continuado no tempo, podendo ser de curto, médio ou longo prazo.
No ponto 2 foi aprovado o plano de reestruturação da empresa que visa introduzir eficiência na sua gestão e maximizar a rentabilidade dos investimentos avultados que já estão a ser efectuados pela ELECTRA e que constam do seu business plan 2010 – 2014, sendo aliás esta, uma das condições do INPS para a sua entrada no capital social da ELECTRA.
É assim que, de forma muito satisfatória para o INPS, chega ao fim o ambicioso projecto de tomada de posição firme no capital social da ELECTRA, empresa de utilidade social e económica indiscutível e cujo desenvolvimento contribui para o crescimento de longo prazo da economia de Cabo Verde com impacto determinante na situação financeira do regime da segurança social.