Nisso, torna-se essencial a promoção de politicas a favor da inclusão social, em particular, de empoderamento dos jovens, que é o que o Governo vem fazendo com o forte investimento nos sectores da educação e da formação profissional, o incentivo ao empreendedorismo jovem e a disponibilização do acesso ao financiamento para iniciativas de auto-emprego e pequenos negócios familiares. Cita-se entre outras acções, a título de exemplo, os programas de micro-crédito e de luta contra a pobreza, o novo banco social em fase de implementação, as pensões familiares, etc.
Enfase, também, no discurso do Primeiro Ministro, a medidas reincerssivas ou de "ressocialização" dos jovens em conflito com a lei, no que se refere ao fenómeno da delinquência juvenil, que deverá ser um dos principais focos de preocupação desse fórum. "Importa, por conseguinte, superar a perspectiva que estigmatiza esses jovens considerando-os ameaças e esgotar todas as possibilidades de uma abordagem que privilegie a implementação de medidas sociais e preventivas, no sentido de os recuperar para a sociedade", realça, reforçando a necessidade de se envolver esses jovens nesse amplo debate.
Contudo, mais uma vez, José Maria Neves não deixa espaço para enganos quando enfatiza a necessidade de se adoptar uma atitude de "tolerância zero" para com aqueles que tenham cometido infrações à lei, "servindo, deste modo, a necessidade de punir os infractores e de transmitir confiança à sociedade", salienta.
A necessidade de se efectuar um cuidado estudo sobre a violência e a criminalidade para uma melhor compreensão e combate sem descurar os aspectos históricos e culturais da violência, daí a enfase na promoção de uma cultura da paz, através da educação. No que se refere à criminalidade, o Primeiro-Ministro sublinha, também, a atenção dada pelo Executivo, com novas leis, umas já a funcionar, outras em fase de aplicação, outras à espera de aprovação e comtempladas na revisão alargada do Código do Processo Penal, etc.
Quem também participou da cerimonia de abertura foi o Bispo de Santiago, Dom Arlindo Furtado, que enfocou a necessidade da educação na formação do Homem. ¨A sociedade deve integrar cada vez mais homens e mulheres esclarecidos, conscientes, decididos, generosos, responsáveis, unidos, solidarios e respeitadores para que, juntos, possamos construir um ambiente humano de compreensão mútua, de tolerância, de paz, a altura da nossa dignidade de seres humanos, protagonistas da nossa própria historia comum e do nosso desejo de bem-estar e de felicidade partilhada.
Uma certeza, é de que o referido fórum em que participam gente de todos os quadrantes sociais e profissionais deverá assinalar um enorme contributo para a efectivação do Documento que constituirá o Programa Nacional de Luta Contra a Violência.
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