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Governo decide pela criação do Plano Nacional de Saneamento

Falando à imprensa, no final da reunião, José Maria Neves, mostrava-se um homem satisfeito com os resultados obtidos, do que considerou uma boa jornada, apesar da atitude dos edis próximos ao maior partido da oposição que abandonaram a reunião, alegando não concordar com a agenda previamente estabelecida para a reunião.

Para a realização do plano ficou estabelecido uma unidade de coordenação de todas as acções envolvendo o mesmo, segundo o Primeiro Ministro, "para que se possam mobilizar todos os avultados recursos necessários".

Já para arrancar com as realizações mais imediatas, no que concerne à realização do plano, serão precisos "mais de um milhão de contos cabo-verdianos", o equivalente a 10 milhões de euros, avança o Chefe do Executivo.

Nessa linha, o Governo já está a dar passos para a abertura de uma linha de crédito para o efeito, mas, apela Neves, o país conta também com as parcerias dos privados, das Organizações Não Governamentais (ONG´s) e com o apoio internacional.

No cerne das preocupações está, o combate à ameaça da dengue e os vectores de transmissão da doença, daí que o Executivo esteja a discutir com parceiros, um Plano de Acção contra a dengue e outras doenças, também, transmissíveis pelos mosquitos.

Afinal, o risco de mais uma epidemia com riscos maiores, já que poderão se desenvolver os vectores 1, 2 e 4 da doença, para além do vector 3 que já existe, e "que podem trazer consequências muito mais fortes e negativas para a sociedade".

Assim, o Primeiro-Ministro urge à mobilização de todos os cabo-verdianos e cabo-verdianas para a luta anti-vectorial, ou seja, contra os mosquitos transmissor da dengue, a Aedes aegypti. Neste sentido, a Protecção Civil, "já tem um plano de prevenção e já estão identificadas as zonas mais vulneráveis, com os pontos mais críticos do país".

Todos nessa luta

Para este combate, José Maria Neves afirma contar com todos os parceiros, inclusive as Câmaras lideradas pelos Presidentes que não quiseram participar do encontro de sexta-feira. "Não ficarão municípios de fora", diz, sendo que todos são necessários. Para a Praia, que foi a região mais afectada pela recente epidemia, o plano irá se basear num estudo feito recentemente para apresentar medidas concretas e que irão ser alvo de discussão com a autarquia local, para que se resolva o problema do saneamento.

Neves recusa-se, ainda, a comentar sobre o referido episódio da reunião, alegando que este é o momento de agir e de deixar as "questiúnculas" políticas de lado. "Também criámos conferências periódicas para discutir os problemas entre as autarquias e o Governo, no sentido de manter o diálogo presente e onde serão debatidas todas as questões que preocupam os municípios", conclui, da importância do diálogo permanente entre Governo e autarquias.