O Fórum que decorreu durante todo o dia desta quarta-feira, na cidade da Praia, reuniu técnicos e especialistas e também agentes turísticos e empresariais, para além de vários membros do governo e do corpo diplomático sediados no país, para analisar, discutir as propostas do Governo e acrescentar a elas.
Cabo Verde procura agora, desenvolver uma estratégia de marketing mais agressivo de promoção do país como destino turístico, daí a necessidade da criação de uma marca Cabo Verde.
Durante a sua intervenção, José Maria Neves, assim como tem feito em outras ocasiões, voltou a insistir no objectivo de um turismo "de qualidade e de alto valor acrescentado" para o país, para que se possam aproveitar, de forma inteligente e equilibrada, todas as potencialidades do país, visando o desenvolvimento da economia nacional, sustentada nessa actividade.
Para Neves, discursando na abertura do Fórum, "Cabo Verde tem de apostar mais na produtividade e na qualidade das coisas que faz". Isso, porque, infelizmente, aponta, a qualidade dos serviços prestados, muitas vezes não reflecte as exigências do processo de crescimento ambicionado para Cabo Verde.
Essa falta de qualidade é visível tanto no sector privado, no que concerne aos serviços dos próprios operadores privados, quanto no sector administrativo, no que concerne, por exemplo, à burocracia que, apesar das muitas melhorias, ainda é, em determinadas situações, excessiva. "Coisas que devíamos fazer em 24 horas, levamos ainda 24 dias", nota.
Por seu lado, a agora Ministra do Turismo e Energias, Fátima Fialho, corrobora da opinião do Chefe do Executivo, e acrescenta que Cabo Verde deverá apostar num turismo que tenha em conta os grandes desafios globais do combate à pobreza e a protecção do ambiente.
Algo que o Governo tem em devida conta como mostra o recém aprovado Plano Estratégico do Desenvolvimento (PET), que segundo a Ministra, estabelece metas e objectivos, no sentido que o turismo venha, de facto, a contribuir para o bem-estar dos cabo-verdianos e cabo-verdianas.
Sobre a "Marca Cabo Verde", onde irá assentar toda a política de promoção turística, Fátima Fialho considerou que "é importante instrumento de competitividade e um projecto com grande visibilidade promocional, fazendo melhorar a atractividade de um turismo que se pretende social, cultural e ambientalmente sustentável".
Preparando o país
É com essa visão de um turismo sustentável e de alta qualidade que o Governo vem levando a cabo o seu projecto de transformação do país, apostando forte na melhoria das infra-estruturas em todos os níveis, num forte desenvolvimento do capital humano com a afirmação da Universidade Pública de Cabo Verde e da formação profissional e no reforço da Educação em geral. Para que o país produza as competências necessárias para um "forte desenvolvimento" do turismo.