As obras dessas quatro pontes e da referida estrada de 1km estão avaliadas em cerca de 478 mil contos e a sua importância extrapola de longe esse valor.
Por essa razão, Neves e Inocêncio Sousa foram recebidos em festa, com a população a extravazar o seu contentamento.
Essas eram, sem dúvidas, grandes aspirações das populações dos dois municípios como realçaram tanto o Presidente da Câmara de Ribeira Grande, Orlando Delgado, quanto Vera Almeida, edil do Paúl.
O Ministro de Estado, das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações exprimiu o seu contentamento e o seu orgulho, por ter tido a oportunidade de, em 9 anos de Governação do PAICV, inaugurar tantas obras de extrema importância para os caboverdianos, como são exemplos essas cinco em questão.
"Que ninguém venha me dizer que elas não são dirigidas às pessoas…", frisa, recordando outras obras emblemáticas como o aeroporto da Praia ou da Boavista, a estrada Porto Novo/Janela e o aeroporto de São Vicente que será inaugurado em poucos dias.
Sobre o último aeroporto, Sousa lembra que será de extrema importância para as economias, também, de Santo Antão e da ilha de São Nicolau que deverão beneficiar de um incremento nas actividades turísticas, capitalizando nos seus enormes potenciais nessa área.
A juntar à estrada Porto Novo/Janela, o Centro de Controle de produtos agrícolas no Porto Novo que deverá pemitir levantar o embargo aos produtos agrícolas na ilha (devido à praga dos mil pés), a partir de 2010, e os investimentos na requalificação de bacias como a de Ribera da Torre, entre outros, fazem de 2009 "o ano de Santo Antão", diz JMN. "Vamos continuar a investir nesta ilha para que 2010 seja também, o ano de Santo Antão", conclui.
O chefe do Executivo realça o mérito do Governo que conseguiu executar com sucesso o programa de investimentos do primeiro pacote do MCA, ajudando a impactar positivamente as vidas das pessoas nas quatro ilhas beneficiadas, sendo elas Santo Antão, Santiago, São Nicolau e Fogo.
São obras no âmbito da captação de água como diques, barreiras e requalificação de bacias hodrográficas e, também, de modernização da agricultura com introdução de técnicas de rega gota-a-gota, formação de técnicos, entre muitos outros investimentos em diversas áreas.
Boa governação
E, foi justamente esse grande desempenho na execução do primeiro pacote MCA que valeu agora a Cabo Verde a aprovação da sua candidatura a um segundo pacote. Cabo Verde, recorda-se, foi o primeiro país a conseguir tal feito, algo que deve ser valorizado por todos os cabo-verdianos, pois, como frisou a embaixadora dos Esados Unidos em Cabo Verde, presente nas cerimónias, Marianne Myles, "isso diz muito" sobre o nosso país e o actual Governo.
A atribuição desses dois pacotes, salienta, é um prémio à boa governação do país, a um governo que respeita o seu povo, o cabo-verdiano, e os direitos humanos e as regras de um Estado de Direito Democrático.
Por sua vez, o representante do Millenium Challenge Corporation, Stahis Panagides, acrescenta ao argumento da diplomáta e sua conterrânea, que é também o reconhecimento da grande contribuição dos emigrantes cabo-verdianos ao desenvolvimento dos Estados Unidos da América.
Enorme ambição para segundo pacote MCA
A ambição com o segundo pacote, frisa José Maria Neves, é muito maior, pelo que Cabo Verde quer agora conseguir muto mais do que os 110 milhões de dólares atribuidos no primeiro. "Queremos, desta vez, abranger a todas as ilhas" e para isso, o país terá de ser inteligente e apresentar melhores projectos do que da primeira vez.
Daí que, afirma o PM, o Governo irá consensualizar com a sociedade civil, empresários, instituições, câmaras municipais sobre o programa a ser apresentado por Cabo Verde ao MCC, afirmando que "o país tem uma visão" do desenvolvimento.
O segundo pacote deverá abranger áreas diversas com grande enfase na prospecção e produção de água, energias e modernização da agricultura, sendo exemplo o arranque em breve das obras de mais três barragens na ilha de Santiago.
No que concerne à agricultura, o Governo já tem projectos para a construção de mais 10 barragens em todas as ilhas agrícolas, incluindo Santo Antão, algumas cujo financiamento poderão até vir do segundo pacote do MCA.