De acordo com Basílio Ramos, graças às medidas tomadas na sequência da declaração da epidemia, a capacidade de resposta vai sendo melhorada, quer em termos de atendimento nas estruturas de saúde, quer em termos de esclarecimento da população sobre a doença (rádio, televisão, carros de som, prospectos), quer em termos de mobilização de parceiros (Câmaras Municipais, Ministérios do Ambiente, Agricultura e Recursos Marinhos e da Educação, Ensino Superior e Valorização de Recursos Humanos, Protecção Civil, Forças Armadas, etc.) para a realização da luta anti-vectorial. De um modo geral, ainda que em ritmos diferentes, em quase todos os concelhos do país vêm sendo desenvolvidas acções para fazer face à epidemia.
As duas missões técnicas da OMS, constituídas por especialistas das áreas de laboratório, entomologa e epidemiologia, diz, continuam a apoiar as autoridades nacionais na melhoria da capacidade de resposta. De destacar que no Hospital Agostinho Neto já estão reunidas as condições técnicas e humanas para o diagnóstico serológico da doença e, em breve, poder-se-á fazer a análise de biologia molecular, reduzindo o tempo de espera e a dependência do País no que concerne ao diagnóstico da Dengue.
O Ministério da Saúde insiste na ideia de que a melhor e a mais eficaz via para combater a epidemia é a luta anti-vectorial, razão pela qual apela a população e as instituições públicas e privadas a redobrarem os esforços com vista à eliminação dos viveiros de mosquitos.
Segundo Basílio Ramos, de 26 de Outubro a 1 de Novembro foram notificados 2592 novos casos suspeitos de dengue em Cabo Verde e, desde a notificação da doença, foram registados 18 casos suspeitos de febre hemorrágica, sendo 14 na Praia, dois na Brava, um em São Filipe, Fogo, e um no Tarrafal de Santiago.
"Infelizmente, esta noite, uma paciente suspeito de febre hemorrágica de Dengue faleceu no Hospital Agostinho Neto" lamenta Basílio Ramos, adiantando que, para além das ilhas de Sotavento, inicialmente referenciadas, ocorreram 3 casos no Sal, 2 em S. Vicente e 1 em S. Nicolau, todos importados de ilhas já afectadas.
Nas Ilhas da B. Vista e S. Antão até esta data não foi registado nenhum caso.