Vozes como Zeca Nha Reinalda, Tó Alves, Tito Paris, Jennifer, Sandra Horta e Ritinha Lobo fizeram as delícias das milhares de pessoas que atenderam ao chamamento para estar no Parque Urbano da cidade numa noite histórica.
Era a primeira Vez que se comemorava o Dia da Independência Nacional na rua em Portugal, recordou Arnaldo Andrade, embaixador de Cabo Verde em Lisboa, ainda mais com um espectáculo daquela qualidade onde os artistas estiveram todos brilhantes, cada um à sua maneira.
Era de facto uma noite histórica. Eram mais ou menos 22h00 quando o Chefe do Governo subiu ao palco para dirigir-se ao público presente num discurso emotivo que quis sublinhar o "orgulho" de ser cabo-verdiano.
Falou das profundas transformações porque tem passado o País com todo projecto de desenvolvimento levado a cabo por este Governo e que tem conseguido inúmeras vitórias ao povo das Ilhas.
Tudo para concluir que "valeu a pena" estes 34 anos de Independência que resgataram o orgulho e a dignidade cabo-verdiana. Aliás, o orgulho foi também tónica dominante em todas as intervenções do PM por estes dias, a característica que define os cabo-verdianos um povo guerreiro e aventureiro, mas sobretudo um povo digno e orgulhoso.
Isso para fechar dizendo que é pela Dignidade do povo cabo-verdiano que o seu Governo trabalha, "para cumprir o sonho de Amílcar Cabral", frisa. Entretanto a noite era de festa, festa essa que começou com os artistas da noite a cantarem o simbólico "Labanta Brasu" do compositor Alcides Cabral, acompanhados por centenas, ou mesmo milhares de vozes da plateia no coro.
Estava a ser uma noite linda e que ficou, ainda, mais espectacular quando à meia-noite a música deu um pequeno intervalo de cerca de 10 minutos ou mais, para um show de pirotecnia, um espectáculo de facto original.
Já passavam da uma da madrugada quando acabou o espectáculo, deixando saudades nos corações dos cabo-verdianos, portugueses e outras gentes de outras nacionalidades que estiveram no Parque urbano de Seixal para comprovar o espírito festivo e a morabeza crioula. Seixal foi, como salientou José Maria Neves, a Capital de Cabo Verde durante esses dois dias de festa, porque houve um torneio de futebol e outras actividades em comemoração do 5 de Julho.
Para o ano, diz o PM, há mais "festa rija" com a celebração do 35° aniversário da nossa Independência e os 550 anos dos descobrimentos das primeiras ilhas crioulas do Mundo. A cidade da Praia irá então receber o acto central das festas e o Governo pretende concentrar lá um número significativo de cabo-verdianos da diáspora para fazer a festa.
Essa grande manifestação só foi possível graças à grande generosidade da Câmara do Seixal, a Junta da Freguesia de Amora, o BCA, A Caixa Económica, o Banco Interatlântico, a Cabo Verde Telecom e a TACV, todos representados nas actividades, que criaram as condições para os eventos.
Holanda vence torneio de Futebol
No dia 4 de Julho teve inicio um torneio de futebol da diáspora com equipas de emigrantes em Portugal, Holanda, Luxemburgo e Espanha, tendo a Holanda vencido a grande final no Domingo, 2 a 1 contra o Luxemburgo.
Foi um jogo bem disputado com o PM a assistir das bancadas, em que a força, a velocidade e capacidade dos jogadores da Holanda se sobrepôs ao bom toque de bola da equipa que veio de Luxemburgo.
No final, o Primeiro Ministro e o Presidente da Câmara do Seixal entregaram os prémios aos vencedores e vencidos desta final, respectivamente, com o publico a fazer a festa nas bancadas.