Durante a sessão, o Governo de José Maria Neves pôde falar sobre das 20 medidas tomadas até agora para fintar a maior crise financeira que o mundo já viu desde a Grande Depressão dos anos 40. Medidas essas que têm ajudado Cabo Verde a manter um bom nível de crescimento, sendo o prognóstico para 2009 é de 6 a 7%, enquanto países como a China desceram de um crescimento de 12% ao ano, para 7%.
E se, em Cabo Verde, os efeitos da crise não se fazem sentir com tanta força, aponta José Maria Neves, é porque o seu Executivo soube tomar as medidas apropriadas, desde 2001. O Chefe de Executivo fala em 20 medidas tomadas pelo Governo, responsáveis por esta relativa estabilidade económica.
Entre essas, o Executivo garantiu a estabilização dos fundamentais da economia, tem conseguido controlar o défice público, deixou de concorrer com as empresas pelos recursos do mercado, que "privilegiou o acesso das mesmas ao crédito e contribuiu para a redução das taxas de juros". Isso significa que se conseguiu reduzir o custo do dinheiro, o que resulta na criação de mais oportunidades para as empresas, explica o Líder do Governo.
De destacar também o aumento dos investimentos públicos para a criação de mais postos de trabalho, a criação de um fundo de competitividade para o financiamento de projectos empresariais, a criação do novo Banco para apoiar as pequenas e médias empresas e uma linha de crédito para auxiliar as empresas que venham a ter dificuldades, entre outras.
Também a nível social, o Governo reduziu os impostos sobre pessoas, como forma de aumentar o poder de compra das famílias e tem estado a implementar vários projectos sociais no quadro do Plano Nacional da Luta contra a Pobreza. O aumento da Pensão social mínima é outra prioridade.
Agora em Março inicia-se o Programa "Mundo Novo" com a distribuição, nos próximos tempos, de 150 mil computadores para professores e alunos de todos os níveis escolares e que contempla, também, a criação de 135 Telecentros e a formação de professores e alunos.
Ano difícil
Contudo, ambos, o Governo, quanto o PAICV aconselham algumas cautelas mais, pois que prevêem-se mais dificuldades em 2009, em virtude da situação internacional. Aliás, já se faz sentir algum efeito dessa crise a nível dos investimentos turísticos imobiliários, muitos dos quais encontram-se parados e prevê-se uma redução nas remessas dos emigrantes, tão importantes para muitas famílias cabo-verdianas.
Para continuar a debelar essas dificuldades e manter-se na linha do desenvolvimento e crescimento o Governo, promete muito empenho e dedicação como tem feito até aqui para garantir que os cabo-verdianos não sejam tão afectados como em outras paragens do mundo.
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