O Chefe do Governo recordou as razões que estiveram por detrás da criação em 2003 do Programa Operação Esperança. "Há três anos atrás, durante a visita ao concelho de Santa Cruz fui confrontado com situações de extrema pobreza e também vi as condições extremamente degradantes em que as pessoas viviam e a grande solicitação delas era conseguir melhorar a sua habitação ou então ter a sua casa própria", afirmou José Maria Neves, para quem o desespero estampava o rosto das pessoas.
A situação de extrema pobreza e a existência de um número considerável de habitações degradadas, sem o mínimo de condições de habitabilidade, levou o Primeiro Ministro a pensar em algo em prol dessas pessoas e a partir daí surgiu a Operação Esperança. "No final da minha visita a Santa Cruz anunciei que iria criar um programa no sentido de devolver a esperança às pessoas que estavam a viver naquela circunstância".
Desde de 2003 cerca de nove mil pessoas foram contempladas com o programa. Um montante de 120 mil contos foi disponibilizado pelo Governo para o arranque do projecto. Entretanto, o Chefe do Governo reconhece que este valor era pequeno, motivo pelo qual foi lançado uma campanha de sensibilização junto da sociedade civil.
O Governo vai continuar a disponibilizar recursos no Orçamento para que "este programa tenha sucesso", disse José Maria Neves, que anunciou a mobilização de 500 mil contos até 2011, que inicialmente foram preconizados.
O Primeiro Ministro espera contar com o apoio das autarquias locais, das organizações não governamentais, empresas públicas e privadas, comunidade internacional e a sociedade civil, para a concretização deste projecto que chamou-o de um "acto de amor e de fraternidade".
A Operação Esperança está sob a responsabilidade da Fundação Cabo-verdiana de Solidariedade e a execução das obras do programa é realizada através das associações comunitárias.